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EUA reforça interesse em Nióbio brasileiro

Divulgação

Por: Pedro Leal

06/10/2022 - 10:10 - Atualizada em: 06/10/2022 - 10:30

Uma reportagem da Revista Valor Econômico revelou que os Estados Unidos demonstraram interesse em ter acesso preferencial a minerais críticos do Brasil. Os minerais críticos são aqueles que são de alta relevância para indústrias, e onde o fornecimento do material enfrenta um alto risco de restrição.

Entre os minerais de interesse está o Nióbio. mineral que Brasil possui mais de 90% da reserva mundial. O Nióbio é um metal produzido a partir de diferentes minérios, como pirocloro e columbita. Ele é usado no desenvolvimento de produtos essenciais para a sociedade nos setores de infraestrutura, mobilidade, energia, saúde e aeroespacial.

O metal é atualmente empregado em automóveis; turbinas de avião; gasodutos; tomógrafos de ressonância magnética; nas indústrias aeroespacial, bélica e nuclear; além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade e bens eletrônicos.

Para o empresário brasileiro Michael Aboud, que exporta Nióbio para diversos países, o desenvolvimento desta indústria pode criar uma receita comparada ao Agronegócio: ‘’ A utilização do nióbio no mundo já é uma realidade, portanto o Brasil tem a possibilidade de passar por avanços extraordinários, no entanto depende de investimento para financiamentos de núcleos de pesquisas para otimizar a extração, produção e exportação. Com o nióbio o Brasil tem condições de alcançar o mesmo patamar do Agronegócio, devido a grande reserva que possui e a atual posição neste setor no mundo’’, aponta o empresário que também produz e exporta Grafeno.

De acordo com informações publicadas pela Revista Valor, representantes brasileiros que estiveram em reuniões ocorridas em Washington em agosto de 2022, responderam que os americanos são bem-vindos, inclusive para fazer uma diferença em investimentos nesse setor, mas que o Brasil não pretende privilegiar parceiros.

A visão de Brasília é de que o país tem estoques importantes e dá para acomodar a presença de empresas de diferentes origens. Enquanto os americanos falam em ter preferência, os brasileiros retrucam que o governo procura melhorar o ambiente de negócios e condição de competição igualitária. Essa mensagem foi dada por diplomatas e também pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, no mês passado.

O Brasil, além de possuir as maiores reservas de Nióbio no mundo, está em posição vantajosa mundial quanto a pesquisas. O interesse americano comprova o potencial brasileiro neste setor e deve movimentar o mercado internacional nos próximos meses.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).