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Estado não pode virar apenas via de passagem, aponta Fiesc

Primeira etapa de obra de pavimentação deve terminar no sábado (29) | Foto: Divulgação/Secretaria da Infraestrutura

Por: Pedro Leal

08/04/2021 - 11:04 - Atualizada em: 08/04/2021 - 11:13

Estreando na reunião da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc e do Conselho de Infraestrutura na condição de secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Leodegar Tisckoski expressou uma grande preocupação da entidade quanto ao Plano Nacional de Logística: que o estado seja tratado não como um elemento integrante da malha logística, mas só como via de passagem.

“Na verdade, Santa Catarina passa a ser apenas a passagem”, observou o secretário. Outros participantes do evento enviaram perguntas com a mesma preocupação.

A preocupação foi manifestada em reunião virtual nesta quarta-feira (7).

O presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar já tinha feito o alerta à bancada catarinense no Congresso Nacional, em reunião na segunda-feira (5).

“Para nossa surpresa e insatisfação não estamos contemplados no Plano Logístico Nacional (PNL) como um estado possível para receber investimentos ferroviários, a não ser ferrovias de passagem”, tinha afirmado Aguiar aos deputados e senadores.

O Plano Nacional de Logística, que está em fase de consulta pública, atende uma antiga reivindicação da Fiesc de que as definições dos projetos considerem o valor agregado das cargas e não apenas o volume delas.

“O PNL incorpora a carga industrial, iniciativa que sempre foi reclamada e citada pela Fiesc ao Ministério da Infraestrutura”, afirmou o presidente da entidade durante a reunião virtual conjunta da Câmara de Transporte e Logística da entidade e do Conselho de Infraestrutura, na qual o Plano foi apresentado.

Segundo Aguiar, a Fiesc está analisando o PNL e apresentará propostas até o dia 30 de abril, quando se encerra o prazo da consulta pública.

“Ansiosamente, esperamos que Santa Catarina finalmente seja inserida no contexto logístico nacional”, acrescentou Aguiar.

As prioridades são a implantação dos eixos ferroviários leste-oeste e litorâneo, que liga os cinco portos catarinenses, que, em 2020, registraram crescimento no volume de cargas, alcançando um total de 51,7 milhões de toneladas.

O PNL foi apresentado pelo diretor de Planejamento do Ministério da Infraestrutura, Tito Livio Pereira Queiroz e Silva, e pelos representantes da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Leandro Rodrigues e Silva e Tiago Baroni.

Os representantes do Ministério da Infraestrutura e da EPL orientaram que essas manifestações sejam formalizadas na audiência pública. Eles citaram que o Plano traça cinco cenários para 2035, com base nos dados de 2017.

Conforme Tito Lívio, o PNL traz visão integrada de todos os modais, antecipa necessidades e oportunidades, separa os níveis de planejamento, realiza análise integrada e sistêmica e contempla método de planejamento que permite a melhoria contínua.

Os representantes da EPL, empresa que está elaborando o plano, destacaram que o PNL traz vantagens como o aumento da velocidade média de transporte de cargas e de passageiros, redução do custo proporcional do transporte no Produto Interno Bruto (PIB), a redução proporcional das emissões de gases do efeito estufa e aumento da segurança.

Prioridades no governo de SC

O presidente da FIESC também apresentou ao secretário de Estado uma relação de seis itens considerados prioritários na esfera de gestão estadual:

  • Conservação rotineira e preventiva e restauração das rodovias estaduais.
  • Projeto de intermodalidade para o estado e a atualização do plano aeroviário catarinense
  • Acesso marítimo aos portos – dragagem da Babitonga e Itajaí – e acesso a Itajaí e Itapoá
  • Atualização e resgate dos projetos ferroviários catarinenses
  • Boa gestão dos processos de concessão dos portos de São Francisco do Sul e Imbituba
  • BR 101 do Futuro.

Em sua manifestação, Tiskoski, que está há três dias no cargo, salientou que está se inteirando dos processos internos e destacou a necessidade de investimentos na restauração, manutenção preventiva e

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).