Com a demanda crescente por respiradores pulmonares por conta da pandemia do novo coronavírus, várias empresas tem voltado parte de suas produções para estes equipamentos.
Depois da WEG, agora outra empresa de Jaraguá do Sul prepara sua entrada no segmento.
A empresa em questão é a Bold, que estaria em estágio de testes de um equipamento do tipo, de desenvolvimento próprio, e deve buscar em breve o licenciamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nesta sexta-feira (17), o modelo segue para a bancada de testes, em Porto Alegre.
Segundo o diretor comercial da empresa, Reimar Sebold, o projeto foi feito em parceria com o hospital Jaraguá. “O projeto é para um respirador intermediário, o tipo com maior demanda, capaz de atender pacientes por cerca de 10 a 15 dias”, comenta.
A empresa estima produção de 400 unidades por dia.
De cada 100 pacientes do vírus, cerca de 7% tem complicações que exigem o uso de respiradores usados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).
Ao fim da fase de testes, a Bold buscará a ajuda de parlamentares para agilizar o licenciamento.
A empresa já fez contato com o senador Dário Berger, a deputada Carmen Zanotto, além dos deputados jaraguaenses Carlos Chiodini e Vicente Caropreso.
“Estamos em contato com a empresa e vamos auxiliar nesse processo de superar a burocracia para que a produção dos equipamentos seja liberada o mais breve possível”, afirmou o deputado Vicente Caropreso durante videoconferência com o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino.
Fundada em 2001 como Acrílicos Santa Clara, a empresa jaraguaense produz e distribui chapas de ACM, Acrílico, Policarbonato PS, PVC e PETG.
Depois de uma fusão em 2019, a marca Bold passou a ser adotada pela companhia, que possui hoje centros de distribuição próprios em Diadema (SP), São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e em Bogotá, na Colômbia, além da matriz, em Jaraguá do Sul.
Histórico de engajamento
A Bold já havia dedicado parte de sua linha de montagem para os protetores faciais hospitalares, atendendo demandas da classe médica de Jaraguá do Sul.
Hoje, são cerca de 20 mil protetores por dia, em um modelo próprio desenvolvido sob orientação dos médicos.
As máscaras são feitas de PTG, um material resistente, que pode higienizado com álcool.
Além do Hospital São José, Hospital e Maternidade Jaraguá, bombeiros e a Secretaria de Saúde de Jaraguá do Sul, o Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, de Joinville já receberam doações do produto.
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