A geração de empregos voltou a apresentar sinais de melhora em Jaraguá do Sul, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Apesar de manter sua trajetória de queda, a retração do emprego formal perdeu intensidade em agosto, quando foram encerrados 194 postos de trabalho. O saldo simboliza uma pequena melhora em relação a julho, que teve saldo negativo de 205 vagas, e é o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de fevereiro.
Na comparação, o desempenho do mercado de trabalho local foi melhor do que o observado em agosto do ano passado, quando o município teve um saldo bastante negativo e perdeu 717 vagas de emprego.
No acumulado do ano, entretanto, 2016 ainda figura como o pior resultado da série histórica dos municípios, que teve início em 2003. Foram 2.029 postos de trabalho encerrados entre janeiro e agosto deste ano. Anteriormente, apenas dois outros anos tiveram resultados negativos no período contabilizado: 2015 com 551 vagas fechadas, e 2009 com 271.
Comércio lidera abertura de vagas
No mês de agosto, o comércio foi a atividade econômica com o melhor saldo na produção de empregos em Jaraguá do Sul: foram 43 novas vagas geradas pelo setor. Segundo avaliação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Jaraguá do Sul, Marcelo Nasato, o resultado é o reflexo de dois fatores: o aumento da confiança do varejista em relação à economia, que começa a mostrar leves sinais de melhora, e a aproximação do fim de ano.
“O segundo semestre sempre é uma época de aumento nas contratações do comércio. Ano passado a insegurança fez com que os comerciantes demitissem ou mantivessem seus quadros, mas este ano acreditamos que o cenário deva ser um pouco diferente”, analisa Nasato. “Com a possibilidade de melhora nas vendas no fim de ano, muitos lojistas preferem se antecipar na contratação para oferecer um treinamento mais adequado e prestar um serviço melhor ao consumidor”, complementa.
Por outro lado, o setor da Construção Civil foi o que apresentou o pior resultado em agosto, com o corte de 130 postos de trabalho na cidade. Na sequência vem o setor de Serviços (-73), a Indústria da Transformação (-18) e a Administração Pública (-14).
Estado reage e gera mais de 3 mil empregos
Em Santa Catarina, o saldo de empregos voltou a apresentar resultado positivo, depois de cinco meses de retração. Em agosto, foram preenchidas 3.014 vagas com carteira assinada no Estado, resultado de 73.122 admissões contra 70.108 desligamentos. O desempenho de agosto foi bastante superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando a economia catarinense perdeu 6.925 postos de trabalho.
Em comunicado oficial, o secretário de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Geraldo Althoff, afirmou que “conforme previsto, Santa Catarina foi o último estado a entrar na crise e está sendo o primeiro no Sul do País a sair dela”. O secretário destacou ainda que a proximidade das festas de outubro e do verão deve impulsionar resultados ainda mais positivos para os próximos meses.
O setor de Serviços apresentou o melhor resultado para o mês de agosto no Estado, com a geração de 1.959 postos de trabalho. Na sequência ficou a Indústria da Transformação, que abriu 1.702 vagas.