Em Jantar com empresários, Bolsonaro nega lockdown no país

Foto: Isac Nobrega

Por: Pedro Leal

08/04/2021 - 10:04 - Atualizada em: 08/04/2021 - 10:34

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) jantou na noite desta quarta-feira (7) com empresários em uma casa nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. As informações são do portal G1.

Segundo ministros que participaram do evento, o encontro foi de “apoio” e de afirmação de “aliança” entre o empresariado com o governo federal e que houve um pedido de que o governo se “esforce” em prol da vacinação. Segundo a Folha de São Paulo, o presidente foi ovacionado após discursar contra a ideia de um lockdown.

Participaram do jantar os ministros Fábio Faria (Comunicações), Marcelo Queiroga (Saúde), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Paulo Guedes (Comunicações).

O evento ocorreu na casa do empresário do ramo de segurança Washington Cinel, próximo ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Queiroga voltou a dizer que a prática de “lockdown” no país não é viável e reafirmou que possui a meta de vacinar 1 milhão de pessoas por dia.

Anteriormente, durante visita Chapecó, em Santa Catarina, Bolsonaro já havia afirmado que não iria fazer “lockdown” nacional. Na véspera, o país registrou 4,2 mil mortes em um dia.

Do lado do empresariado, participaram 25 empresários de vários setores, como banqueiros, empresários da área de saúde e empreiteiros.

Segundo o portal, estes empresários não fizeram cobranças quanto à velocidade da vacinação e ao andamento das reformas no Congresso, pautas que estavam previstas pela categoria para a conversa.

“Seria muito mais fácil a gente ficar quieto, se acomodar, não tocar nesse assunto, ou atender, como alguns querem, que eu posso fazer, o lockdown nacional. Não vai ter lockdown nacional”, afirmou Bolsonaro antes de jantar com empresários em SP.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse aos jornalistas após o jantar com empresários que divergências na discussão do orçamento de 2021 da União, ainda em tramitação no Congresso Nacional, são “normais”, visto que pela primeira vez, segundo ele, “governo e Congresso produzem a peça a quatro mãos”.