A eleição do Democrata Joe Biden à presidência dos EUA deve vir acompanhada de uma relação marcada por mais diálogo e pragmatismo, avalia presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs) e do Centro Empresarial, Luis Hufenüssler Leigue.
“Períodos eleitorais nos EUA sempre são acompanhados com muita atenção porque o Brasil mantém uma movimentação intensa seja em exportações e importações, que é o caso da região de Jaraguá do Sul, gerando com isso um fluxo importante do mercado externo que tem influências direta e indiretamente nos negócios entre os dois países”, afirma.
Ele reforça sempre há a possibilidade de mudanças em políticas externas que acabam gerando impactos nas relações com o mercado global, refletindo sobre decisões tomadas nos últimos anos.
O Brasil ocupa posição relevante no cenário mundial, especialmente do ponto de vista econômico, mas também em questões pontuais que agora deverão merecer uma nova fase de diálogos com a gestão do presidente eleito.
O empresário assinala a perspectiva de uma relação mais pragmática do novo mandatário estadunidense.
“Biden tende a ter posicionamentos mais francos, com possibilidades de diálogos abertos nas interlocuções com outros países”, opina Leigue.
“Os analistas definem Biden como alguém que respeita os relacionamentos multilaterais e as instituições, o que traz a possibilidade de uma gestão mais produtiva e não tão ideológica, e com ela uma mudança de atitude nas relações dos Estados Unidos com organismos de classe mundial como a Organização Mundial de Saúde e a Organização Mundial do Comércio, e nas questões ambientais como é o caso do Pacto de Paris que, no médio e longo prazo, impactarão o mundo todo”, observa Leigue.
Embora essas expectativas de que em transições de governos que envolvem potências econômicas sempre trazem reflexos no mercado, para o setor produtivo as mudanças não devem ocorrer de maneira significativa no curto de tempo.
Especulações no câmbio, com flutuação do dólar, ou no mercado de bolsas, são movimentações pontuais, mas no médio e longo prazo podem ocorrer reflexos nas relações comerciais entre os países parceiros dos EUA, como é o caso do Brasil.
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