Santa Catarina está passando vergonha diante de empresários suíços. O diagnóstico de ampliação do aeroporto Hercílio Luz, discutido nesta sexta-feira (27) entre o gbovernador Eduardo Pinho Moreira (MDB); o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz Silva; o senador Dário Berger (MDB); o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (MDB); e o suíço Tobias Markert, CEO do Floripa Airport, além de técnicos da concessionária; mostrou que a burocracia brasileira está perdendo de 7×1 para a eficiência europeia.
A construção do novo aeroporto de Florianópolis caminha a passos largos. O ritmo de trabalho é forte, de segunda a sábado, com projeção de chegar de domingo a domingo, com até 1 mil empregados, atuando em três turnos. Para não perder tempo, estruturas fundamentais são produzidas dentro do canteiro de obras. A meta é entregar tudo antes mesmo do final de 2019 – 15 meses nas palavras do próprio governador.
A julgar pelo que foi visto, e apresentado pelo Diretor de Projetos, Admilson Reis; corre-se o risco de ver o prédio do terminal de passageiros pronto antes mesmo do acesso ao novo Hercílio Luz.
Um trecho de 1,4 quilômetro emperra a finalização do projeto. O que mais pega são 80 desapropriações ao longo do trajeto. As negociações para desatar este nó quase sempre terminam na justiça. A meta é evitar este embaraço.
Além disto há a questão física para finalizar o acesso ao aeroporto, embora de menor preocupação para o governo. “A obra física é possível fazer neste tempo. O maior problema são as desapropriações”, confirma Pinho Moreira.
O suíço Tobias Markert – que fala pouco o português, mas entende bem o que se diz por aqui – evita pressão e prefere pensar muitos mais no desenvolvimento econômico que Santa Catarina terá do que nas questões burocráticas que amarram o fim da obra.
Markert é um otimista, mas vai precisar de um pouco de mais aulas de português para compreender como estes problemas não foram resolvidos antes.