A partir de sexta-feira (13), os brasileiros poderão sacar até R$ 500 de suas contas do FGTS, tanto ativa como inativas. Além disso, no próximo mês, os trabalhadores poderão optar pela retirada de uma fatia dos recursos do fundo anualmente, o Saque-aniversário.
Mas, antes de tomar essas decisões, é necessário entender que a rentabilidade do fundo, que foi sempre muito baixa, aumentou. A partir desse ano, todo o lucro do FGTS será distribuído aos cotistas, o que o torna hoje a aplicação de renda fixa mais rentável do mercado.
O fundo continua pagando a Taxa Referencial, que atualmente está zerada, mais uma taxa de 3% ao ano aos cotistas. O que mudou na rentabilidade do FGTS foi um componente variável: o percentual do lucro distribuído, que subiu de 50% para 100% a partir de 2019.
O FGTS só está atrativo agora porque a taxa básica de juros encontra-se baixa. Ele não dá uma boa rentabilidade aos cotistas: apenas dá uma rentabilidade maior do que as outras aplicações de renda fixa, que estão rendendo pouco, como o Tesouro Direto e CDBs.
Avalie suas necessidades e prioridades
A tendência é que, enquanto a Selic for menor do que 8% ao ano, manter recursos no fundo valerá mais a pena do que migrar para outros investimentos de renda fixa, conclui o professor do Insper, Michel Viriato.
O ponto de atenção é a falta de liquidez do fundo. Ao deixar os recursos no FGTS, e não optar pelo saque dos R$ 500 nem o anual, é necessário lembrar que ele só poderá ser sacado em caso de demissão sem justa causa, compra da casa própria e no caso de morte do cotista.
Por conta dessa característica, deixar o dinheiro no fundo serve apenas como uma poupança de longo prazo. Ou seja, vale para quem já tem uma reserva de emergência para o curto e médio prazo e não quer tomar mais risco em aplicações financeiras.
*Com informações da revista Exame
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