Diversidade industrial mantém a economia de Santa Catarina aquecida

Por: OCP News Jaraguá do Sul

23/05/2017 - 08:05 - Atualizada em: 23/05/2017 - 11:41

Por Verônica Lemus | Foto Eduardo Montecino

A diversidade da indústria é o principal fator que tem mantido a economia de Santa Catarina acima da média brasileira. A avaliação foi feita pelo analista de inteligência do Observatório da Indústria, Fernando Richartz, que apresentou palestra nesta segunda-feira (22) a empresários do município.

O evento, realizado no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), integra a programação da Semana da Indústria, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). As atividades seguem com palestra nesta terça-feira (23) em Guaramirim e na próxima terça-feira (30), em Schroeder.

Richartz fez uma análise das principais informações econômicas a partir de dados coletados por um portal elaborado pela Fiesc, contendo informações atualizadas sobre os principais indicadores econômicos, como saldo de empregos, importação, exportação e também tendências econômicas, tecnológicas e de mercado.

“Quando a gente analisa o panorama econômico de Santa Catarina, apesar de que o ano passado foi um ano difícil para economia catarinense, nós sempre estivemos um pouco melhor do que a média brasileira”, aponta.

Em 2017, avalia o analista, a economia do Estado apresentou sinais de retomada. Números importantes, como a expectativa da indústria, a confiança e o saldo de empregos estão positivos e acima da média do país. O índice de confiança industrial de Santa Catarina, por exemplo, é de 55,1 no mês de maio, enquanto que o do país é de 53,7.

Um dos fatores responsáveis pelos bons índices catarinenses seria a diversidade industrial do Estado, considera o analista. “A gente não tem muita concentração, nossa indústria é muito diversificada em diversos setores, então sempre tem alguns setores que se sobressaem. No ano passado o setor de alimentos manteve nossa economia, esse ano o setor têxtil está forte”, aponta Richartz.

Enquanto a economia de outros Estados brasileiros muito concentrados em apenas um segmento é afetada quando há crise neste setor, reforça o analista, Santa Catarina tende a sofrer menos os impactos pela sua diversidade. “Aqui a gente tem a região Oeste, principalmente, muito forte na parte alimentar, a gente tem aqui no Vale do Itajaí e do Itapocu a parte têxtil, a parte Norte é muito forte no metalomecânico, bens de capital, assim a gente é diversificado, então sempre tem uma região que está mantendo o Estado. Os números demonstram isso”, destaca.

Na microrregião do Vale do Itapocu, o analista destaca que o setor têxtil tem puxado a economia de Jaraguá do Sul e da região, assim como percebe também a importância dos setores de energia, bens de capital, metalomecânico e construção civil. “Quando a gente olha um valor especifico, que é o saldo de emprego, ou seja, a geração de emprego, a gente percebe a força do setor têxtil aqui na região, é o setor que mais tem gerado emprego tanto no Vale do Itapocu como em Jaraguá do Sul”, comenta Richartz.