Crise da Petrobras: governo cogita demissão de Prates

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

11/03/2024 - 14:03 - Atualizada em: 11/03/2024 - 14:41

Em meio a uma nova crise da estatal petroleira, interlocutores da Petrobras afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria sido “induzido a erro” pelo Ministério de Minas e Energia ao avalizar a retenção dos dividendos extraordinários da estatal.

A estatal divulgou, na quinta-feira (7), uma queda de 33,8% no lucro de 2023 em relação ao de 2022; na Sexta, anunciou inicialmente o não pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas, antes de voltar atrás na declaração.

A pasta é comandada por Alexandre Silveira.

As informações são da Folha de São Paulo.

O incidente causou uma queda vertiginosa nas ações da estatal.

Em meio ao caso, o governo cogita a demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates, com quem Lula terá reunião na tarde desta segunda-feira (11).

Na sexta-feira (8), as ações da companhia registraram forte queda com temor de pressão de Lula e lucro menor; ao todo, a estatal perdeu mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado.

Esta é a maior queda nos papéis da empresa desde fevereiro de 2021, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o reajuste do diesel em meio a ameaças de paralisação de caminhoneiros e decidiu trocar o então presidente da estatal, Roberto Castello Branco, por Joaquim Silva e Luna.

Também na sexta-feira, o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Caetano, declarou em conferência com investidores e analistas que os dividendos extraordinários da estatal retidos no ano de 2023 não serão redirecionados para investimentos, como foi cogitado pelo mercado.

A previsão é que na reunião, Lula cobre explicações sobre o balanço da empresa; Deverá ser feito um detalhamento do plano de investimentos da estatal.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).