O volume total do crédito bancário em mercado registrou crescimento em maio, embora o número de novos empréstimos concedidos tenha caído, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (28).
Também houve recuo na taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras, na contramão da alta do juro básico da economia, a Selic.
Os juros bancários médios com recursos livres (sem contar habitacional, rural e BNDES) de pessoas físicas e empresas recuaram de 29% ao ano, em abril, para 28,5% ao ano no mês passado.
Segundo a instituição, o volume total do crédito ofertado pelos bancos subiu 1,2% no mês passado, para R$ 4,177 trilhões, na comparação com R$ 4,126 trilhões em abril.
Houve alta de 0,7% na carteira de pessoas jurídicas, totalizando R$ 1,816 trilhão, e expansão de 1,7% na de pessoas físicas, de R$ 2,361 trilhões.
A taxa de inadimplência média nas operações de crédito subiu para 2,3% em maio, na comparação com 2,2% em abril.
Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência avançou de 2,9% para 3% no mês passado e, no caso das empresas, subiu de 1,3% para 1,5%.
Apesar do crescimento do crédito total, segundo o BC, houve recuo de 1,86% nas novas concessões de empréstimos no mês passado, período em que somaram R$ 386,054 bilhões. Em abril, haviam totalizado R$ 393,363 bilhões.
Para todo este ano, o Banco Central estima uma expansão de 11,1% no crédito bancário. Em 2020, impulsionado por linhas emergenciais de crédito para o combate aos efeitos da pandemia, o crédito bancário teve alta de 15,5%.