Os Correios registraram um prejuízo de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro, o maior da história da estatal nesse período, segundo dados do Poder360. Mantido o atual ritmo, a empresa pode superar o déficit de R$ 2,1 bilhões de 2015, registrado durante o governo de Dilma Rousseff (PT); o resultado vem depois de resultados positivos para a estatal de logística em três dos últimos quatro anos.
As informações são da R7 e do Poder360
Agravando a situação da estatal, os Correios correm risco de despejo em ao menos 200 imóveis alugados pela estatal. A informação foi repassada à diretoria da empresa em 30 de outubro de 2024, no ofício regular 53228685/2024; deste total, 122 podem ser despejados por não pagamento, e 127 pelo fim do contrato de locação, que pode não ser renovado.
O atual presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, foi indicado pelo grupo Prerrogativas, alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dos Santos tomou várias medidas que aumentaram o déficit da estatal, como desistência de recorrer em processos trabalhistas que custaram à estatal R$ 1 bilhão em perdas acumuladas. Além disso, os Correios assumiram uma dívida de R$ 7,6 bilhões com o fundo de pensão Postalis, cobrindo metade do déficit previdenciário.
Diante da deterioração financeira, os Correios estabeleceram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para o ano e adotaram medidas emergenciais, incluindo:
- Suspensão de contratações de terceirizados por 120 dias.
- Renegociação de contratos com redução mínima de 10% nos valores.
- Rescisão de contratos.
Apesar disso, a estatal projeta um prejuízo de R$ 1,7 bilhão para 2024. A receita prevista foi revista de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, reflexo, segundo os Correios, de dois fatores principais:
Os Correios afirmam que as medidas visam evitar a insolvência e recuperar o equilíbrio financeiro. O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga algumas dessas decisões administrativas.