Após alargamentos em 1998, 2008 e 2012, um trecho da praia Central de Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina será alargado pela quarta vez. O trecho de aproximadamente dois quilômetros do Molhe Joaquim Pires até a rua Getúlio Vargas foi novamente consumido pelo oceano.
A prefeitura lançou nesta semana o edital de licitação para contratar uma empresa que deve fazer o alargamento da faixa de areia do trecho, considerado o mais turístico de Balneário Piçarras. A obra é avaliada em R$ 10,3 milhões para o depósito de 383,4 mil m³ de areia.
No próximo dia 4 de agosto, a prefeitura deve abrir as propostas para a contratação de uma draga hopper– semelhante a Galileo Galilei que fez o alargamento da praia Central de Balneário Camboriú.
Quem vencer a licitação terá cinco meses para concluir o alargamento. A obra precisou ser refeita após o mar invadir e destruir a faixa de areia alargada.
A empresa vencedora será responsável também pela construção de três molhes, que devem ajudar na contenção do mar e escoamento da água doa chuva.
Os alargamentos são custeados pelos recursos do Fumpra (Fundo de Manutenção da Praia) que neste momento conta com R$ 6,4 milhões. O fundo é alimentado por três arrecadações do município, sendo elas: 33% do ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis), 3% do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) além de 20% das cobranças da dívida ativa do município, sendo aproximadamente R$ 900 mil repassados mensalmente.
O Executivo já utilizou parte dos valores em outras obras e R$ 10,5 milhões estão reservados para o alargamento da obra, R$ 896 mil para os estudos de jazida de areia, R$ 13,5 milhões para a urbanização da orla da praia Central, além de R$ 15 milhões para reurbanização de ruas do Centro.
A prefeitura já contratou uma empresa que realizou o estudo da jazida da areia, ou seja, o estudo do local exato onde a areia deve ser retirada do fundo do mar e realocada na orla da praia Central de Balneário Piçarras.