O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 0,4 ponto em junho, para 98,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,6 ponto, para 97,7 pontos. Apesar de três meses consecutivos de alta, o indicador ainda se encontra levemente negativo, abaixo da linha dos 100 pontos.
“Pelo terceiro mês consecutivo, a confiança da indústria avança, influenciada por uma melhora da situação atual espalhada entre os segmentos. A percepção sobre a demanda segue melhorando enquanto o nível de estoques se mantém próximo da normalidade. Apesar da queda pontual nas expectativas, há uma perspectiva positiva relacionada ao ambiente de negócios no decorrer do segundo semestre. Na ótica dos segmentos, é possível perceber que influência do desastre ambiental no Rio Grande do Sul foi mais severa no mês de maio, porém a recuperação ainda não está clara no resultado geral da indústria. O cenário macroeconômico de cortes na taxa de juros foi interrompido, porém os indicadores de trabalho e renda continuam positivos e contribuem com a tendência de otimismo para os próximos meses na indústria.” comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Em junho, houve alta da confiança em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem.
O resultado reflete melhora nas avaliações sobre a situação atual e piora estabilidade nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,1 pontos, para 99,3 pontos, maior patamar desde setembro de 2022. Após três altas consecutivas, o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,4 ponto, para 97,6 pontos.
Entre os quesitos integrantes do ISA, o que mais influenciou a alta no mês foi o que mede o nível de estoques, ao melhorar 2,0 pontos no mês, para 98,7 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).
No mesmo sentido, o indicador que mede o nível de demanda avançou 1,0 ponto, para 99,2 pontos, melhor resultado desde setembro de 2022 (100,2 pontos).
Em menor magnitude, a situação atual dos negócios subiu 0,4 ponto, para 97,4 pontos.
Em relação às expectativas, houve melhora no ímpeto de contratações e piora das perspectivas sobre à produção e na tendência dos negócios nos próximos seis meses. Após o forte avanço no mês de maio, o indicador que mede a produção nos três meses seguintes caiu 1,4 ponto, para 96,6 pontos. Em menor magnitude, a tendência dos negócios nos seis meses seguintes recuou 0,7 ponto, para 98,0.
Apesar do resultado negativo, o indicador acumula alta de 10,1 pontos desde agosto de 2023. Já o indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações avançou 0,9 ponto, para 98,2.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) subiu 0,7 ponto percentual em junho, para 82,5%.