Com a aproximação da Copa do Mundo na Rússia, o comércio tem ganhado fôlego para o evento esportivo, embora com menos força do que nas últimas copas: segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a intenção de consumo com a copa caiu de 50%, na Copa de 2014, para apenas 24% neste ano.
Há quatro anos, o cenário econômico no país era bem diferente e o mundial acontecia em território nacional, mas mesmo assim, em Jaraguá do Sul comerciantes e empresários têm aproveitado a temporada para atrair os consumidores.
De acordo com a gerente da Multisom, Lucimara da Cruz, apesar do clima menos favorável, vários clientes têm aproveitado a deixa da Copa para trocar seus televisores. No entanto, apesar das promoções e desta ‘desculpa’ para o investimento, a procura está consideravelmente inferior à vista nos mundiais anteriores.
“Acho que há uma certa insegurança do consumidor, por conta da economia, e isso não tem dado tanto vigor quanto nas copas de 2010 e 2014”, explica. Segundo ela, os modelos mais procurados tem sido na faixa de 49 a 55 polegadas.
Setores que mais aproveitam
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Jaraguá do Sul, Gabriel Seifert, afirma que o setor supermercadista e o de eletrodomésticos têm um certo aquecimento, com a procura não só por televisores novos, mas por guloseimas e bebidas para acompanhar os jogos.
“É um período de oportunidade para alguns setores. Já outros sofrem com a queda de movimento nos horários de jogos”, adiciona. A entidade ainda não tem dados do consumo para o evento esportivo.
Enquanto no segmento de eletrônicos a procura está aquém da esperada, o segmento de variedades e acessórios de torcida – como bandeirinhas, bonés e faixas – tem tido resultados melhores.
Segundo a gerente da loja Koisarada, Valdinete Bertazo da Silva, chegou a faltar mercadoria devido à demanda.
“Tínhamos uma gôndola cheia de coisas da copa, mas vendeu tudo, temos bastante gente fazendo encomendas e reserva, para nós está muito bom”, diz.
A pesquisa aponta que a maioria das pessoas que pretende consumir deve gastar em torno de R$ 200 e quase 84% devem fazer essas compras em lojas físicas, com mais de 60% dos consumidores pagando à vista.
A CDL ressalta que a abertura das lojas durante os jogos é facultativa. Por isso, vale aos clientes consultar antes de ir a algum lugar.
Portas abertas para os jogos
Vários estabelecimentos tem aproveitado os jogos para atrair público, apesar dos horários não convencionais provocados pela diferença de fuso horário – a primeira partida da seleção brasileira, contra a seleção da Suíça, será neste domingo, às 15 horas, consideravelmente antes do horário normal de abertura de bares e lanchonetes.
Entre os estabelecimentos que irão operar em horário especial para os jogos está o Madalena Cozinha, que abre este domingo mais cedo para acolher os torcedores. “A procura já está grande, por isso decidimos abrir este domingo às 14 horas para quem quiser ver o jogo”, conta.
Nem todos os estabelecimentos que planejavam horário especial seguirão em frente com os planos. O Rooster Empório fez um “test drive” da ideia com a final da Champions League, em Kiev, no dia 26, e decidiu que o retorno não compensava.
“Vimos que o público vinha para o jogo, mas depois ia embora e a consumação não dava o retorno esperado. Queremos que a casa seja conhecida pelo produto, e não só pelos jogos”, explica um dos sócios, Cristian Roberto Rosá.
Segundo a pesquisa da Confederação, o churrasco entre familiares e amigos parece ser o evento mais esperado, pois os produtos com maior procura na pesquisa são os alimentos e bebidas, com 9,9% de intenção de compra.
Ainda assim, está bem abaixo dos números de 2014, quando 21,5% das pessoas pretendiam comprar itens desse tipo. Quanto ao local de consumo de alimentos e bebidas, 53,2% pretende ficar em casa e 18,8% deve acompanhar os jogos em bares e restaurantes.
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