Falta de moedas tem sido um problema para o comércio em Jaraguá do Sul, e comerciantes tem buscado estratégias para lidar com a ocasional falta de troco.
Em alguns estabelecimentos, arredondar o valor das compras no caixa tem sido uma solução. Outros tem pensado em campanhas para juntar moedas e facilitar o troco.
Uma promoção para a troca de moedas foi a solução encontrada pelo Bob’s do Jaraguá do Sul Park Shopping: a cada R$ 100 em moedas usadas por um cliente, é dado um vale para um milk-shake de 300ml.
Segundo a gerente da unidade, Vitória Silveira, a medida tem ajudado a evitar problemas com troco.
“As pessoas pagam muito em notas grandes, especialmente depois de receber, e às vezes no débito. Como temos a promoção não nos falta moeda, mas se não tivéssemos essa campanha talvez faltasse”, explica.
Na loja Koisarada, no centro de Jaraguá do Sul, a solução para a falta de troco – especialmente de notas de R$ 5 e de moedas pequenas – tem sido as vendas no caixa, explica a gerente, Silvana Krenke.
“Como temos vendas no caixa, as pessoas costumam comprar mais uma coisinha para arredondar, o que ajuda a evitar problemas com o troco, mas tem faltado bastante”, diz.
O consumidor também tem notado o problema. Segundo o motoboy Mike Martins, não é raro acabar gastando mais do que queria por conta da falta de troco.
“A gente acaba tendo que comprar mais uma coisinha para arredondar, porque falta troco, e no fim do mês isso acumula”, comenta.
Ao mesmo tempo, ele também tem notado problemas com troco no trabalho como entregador.
“As lanchonetes acabam dando descontos muitas vezes por conta de troco, porque não compensa mandar troco por conta de cinquenta centavos acima de um valor fechado, por exemplo”, aponta.
Ele completa que, entre arredondar o valor de um pedido para R$ 50 e mandar troco para R$ 60 em um pedido de R$ 50,50, compensa mais para ambas as partes o desconto.
Bilhões em moeda fora de circulação
O problema não é recente: em 2017, o Banco Central lançou uma campanha para incentivar o uso de moedas, em vista da escassez do dinheiro em moeda no mercado.
Segundo dados do órgão, na ocasião 35% das 25 bilhões de moedas então existentes não estavam em circulação – eram 8,7 milhões de moedas, de diversos valores, fora do mercado, em estimados R$ 1,4 bilhão fora de circulação.
No ano anterior ao lançamento da campanha foram postas em circulação 761 milhões de unidades de novas moedas, 11% acima do total disponibilizado em 2015, quando 685 milhões de moedas entraram no mercado – o estímulo à circulação visa também reduzir os gastos com a produção de moedas.
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