Exportar soja e milho deve ficar ainda mais caro até o final de 2024, segundo informaçõess da Revista Forbes.
O aumento de preços no transporte marítimo estaria sendo pressionado no mundo inteiro.
Nos portos chineses, o fluxo marítimo sofre reflexos dos conflitos no Mar Vermelho, que atrasam as entregas desde outubro do ano passado. O aumento esperado é de até 10% no transporte marítimo até dezembro
Na economia norte-americana, com uma forte presença no agro global, o FED (Federal Reserve, banco central dos EUA) manteve em sua última reunião, no 1º de maio, as taxas de juros mais elevadas desde 2001, entre 5,25% e 5,50% ao ano, país historicamente acostumado a taxas irrisórias.
No caso do mercado chinês, ele concentra o maior volume global de exportação – somando todos os setores da economia –, com US$ 2,6 trilhões (R$ 13 trilhões) em 2023. E também é um grande importador. O Brasil tem a China como seu maior parceiro comercial, sendo o principal importador do agro brasileiro (US$ 165 bilhões ou R$ 650 bilhões).
Um dos eixos de pressão sobre o mercado marítimo é o conflito no Mar Vermelho e no Canal de Suez (rotas comerciais dos chineses à Europa), onde navios são atacados pelo movimento Houthis, do Iêmen, apoiado pelo Irã e em retaliação à invasão da Faixa de Gaza, por Israel, contra os palestinos.
O conflito naval adicionou, em média, de 10 a 15 dias no prazo dos fretes comerciais.
Além dos fatores macro-econômicos e geopolíticos, certa desorganização do setor de cargas e portuário leva a um funil, o que provoca escassez de recursos logísticos, incluindo falta de contâineres e de navios para lidar com a demanda.