Com R$ 482 milhões em dívidas, Rede Subway entra com pedido de recuperação judicial

Foto divulgação | Subway

Por: Pedro Leal

13/03/2024 - 17:03 - Atualizada em: 13/03/2024 - 17:13

Declarando dívidas de R$ 482 milhões, a rede de lanchonetes Subway encaminhou à justiça paulista um pedido de recuperação judicial. O pedido foi apresentado pelo grupo Southrock nesta segunda-feira.

O grupo já estava em recuperação judicial desde outubro passado, mas o Subway havia ficado de fora do processo.

As informações são da Folha de São Paulo.

Uma notificação da proprietária norte-americana da Subway forçou o pedido de proteção judicial da rede de lanchonetes. O mesmo havia ocorrido anteriormente por outra rede controlada pela Southrock, o Starbucks, cuja matriz encerrou notificações com a Southrock em outubro passado.

Segundo o pedido encaminhado à Justiça de São Paulo, um grupo de credores interrompeu as negociações e conversas e passou a exigir o pagamento imediato dos valores a que tinha direito.

“Tal repentina mudança de postura [dos credores] fez com que a proprietária da marca norte-americana Subway notificasse as requerentes a respeito da rescisão do denominado Forbearance Agreement [acordo de tolerância]'”, diz o pedido dos advogados.

Os representantes da companhia afirmam que a notificação fez cessar “importante fonte de receitas das requerentes e tornando necessária, ainda que indiretamente, a propositura do presente requerimento para viabilização de uma reestruturação organizada e uniforme”.

Esse acordo de tolerância havia sido fechado para que a Southrock pudesse continuar atuando como franqueadora master da Subway no Brasil até que uma transição pudesse ser organizada.

Os advogados da companhia pediram que o processo da Subway seja dependente da ação principal.

Inicialmente, a Subway não foi incluída no pedido de proteção feito pelo grupo Southrock no fim de outubro. Na recuperação judicial estão outras marcas da empresa: T.G.I. Friday’s e BAR –Brazil Airport Restaurants (que opera a franquia da Starbucks e de outras marcas em aeroportos de São Paulo, Rio, Brasília e Florianópolis).

O centro gastronômico Eataly chegou a ser incluído no pedido inicial de RJ, mas os controladores pediram sua retirada.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).