Por Clodoaldo Tomazelli, consultor para projetos de e-commerce
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Há apenas duas razões pelas quais consumimos: necessidade ou desejo. Independentemente da época, sempre foi, tem sido e será assim. Ou seja, não houve mudanças ao longo dos tempos.
A grande mudança, contudo, reside em como consumimos e quando paramos para analisar, observamos que a evolução dos meios nos permite uma mudança comportamental para o exercício do consumo por necessidade ou por desejo.
Nos últimos 20 anos temos sido impactados por uma avalanche de novas tecnologias ou novos meios dos quais passamos a adotar em nosso dia a dia. Até então veículos como rádio, televisão, jornais e revistas impressas, mídias externas eram os principais meios de comunicação.
O advento da internet em meados da década de 90 foi um grande marco na maneira como passamos a ter acesso às informações.
O então chamado celular também impactou a forma como passamos a nos comunicar, mesmo com enormes dificuldades. As famosas páginas amarelas foram rapidamente substituídas pela busca online, e finalmente fomos apresentados para uma tal de rede social.
Ao invés de veículos de comunicação, passamos a ter acesso aos veículos de interação. E de maneira orgânica ou inorgânica nos adaptamos e consequentemente nosso comportamento vem mudando a medida que a tecnologia avança.
Varejo: como era, como tem sido e como será
Bem, a internet se popularizou permitindo que empresas e indivíduos compartilhem do “mesmo espaço” ao mesmo tempo.
A internet não tem classe social nem limites geográficos. O celular não é mais celular, sua evolução o fez mudar de nome e carinhosamente o chamamos de smartphone que literalmente se tornou num grande facilitador onde podemos inclusive fazer uma ligação.
O Google que nasceu como ferramenta de busca, é hoje um grande ecossistema de funcionalidades que facilitam o dia a dia, e logo poderemos aqui no Brasil buscar, encontrar e comprar no próprio Google e muito mais.
Ah, e tem as redes sociais que tinham como objetivo aproximar pessoas que há muito tempo não víamos.
Esse foi seu objetivo inicial, aqui também poderemos encontrar, interagir e comprar de maneira muito similar aquela que acontecerá no Google, sim, as redes sociais também passarão a oferecer o Chekout no mesmo ambiente.
E o que acontece com o varejo convencional? Mudar ou morrer, não há terceira opção. As pessoas continuam consumindo pelos mesmos motivos de sempre, mas seu comportamento não é mais o mesmo.
Há tempos venho dizendo que é preciso Entender para Atender.
Entender que o que trouxe você até aqui, não o conduzirá ao seu próximo objetivo. Fazer o mesmo não rola mais.
Responda: como você comprava e vendia há 20 anos? Como você tem comprado e vendido nos últimos 20 anos?
Se a resposta for “da mesma forma”, lamento, mas o atestado de óbito do seu negócio já está pronto e assinado por você mesmo.
Não culpe as crises, sim, elas aconteceram, ou o mercado, ou ainda a concorrência. Se o comportamento das pessoas mudou o do seu negócio também tem que mudar para que você possa atender seu consumidor.
E-commerce
O e-commerce costumava ser visto como o vilão do varejo físico, algo separado, um novo negócio.
Rapidamente entendemos que o e-commerce nada mais é que um meio que amplia as possibilidades de o varejo se aproximar dos consumidores, entregar conveniência e potencializar as vendas.
Tudo que mencionei acima está integrado aqui no e-commerce e vise e versa, chamamos isso de omnicanalidade. Criar este ecossistema em seu negócio passou a ser “Sine Qua Non“.
Isto significa que doravante seu comportamento como empreendedor tem que mudar, suas práticas têm que mudar, sua equipe tem que mudar para enfim, entender e atender para poder manter-se e crescer.
A mudança não depende de tamanho, depende de atitude. A diferença está em se você é um empreendedor atualizado.
Tudo para satisfazer a necessidade ou o desejo das pessoas.
No próximo artigo abordaremos sobre como qualquer empresa pode e deve fazer uso dos recursos digitais. Falaremos também de maneira mais detalhada sobre e-commerce, marketplaces e perspectivas do mercado para 2020.
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