O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (24) a isenção de visto para chineses em viagem de turismo ou negócios ao Brasil. A medida é similar as tomadas para os Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá, sem reprocidade.
“Pretendemos estender aos indianos mais para frente” disse o presidente, ao anunciar a medida ao lado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em Pequim. A China é o maior parceiro comercial do Brasil.
Mais cedo, ao desembarcar em Pequim, Bolsonaro disse que estava chegando a um “país capitalista” – no começo do mês, o país asiático celebrava 70 anos da revolução comunista encabeçada pelo Partido Comunista Chinês, de Mao Tsé-Tung, que ainda governa o país, e membros do partido tem aberta influência sobre as principais empresas privadas do país – que representam menos de 15% das 109 corporações chinesas na lista das 500 maiores empresas do mundo.
O presidente afirmou não ter estimativa do impacto que a medida representaria para o turismo. Segundo dados do governo federal e do governo chinês, o turismo do país asiático para o Brasil é parco: das 149 milhões de viagens que chineses fizeram para o exterior em 2018, apenas 70 mil (0,46%) delas foram para o Brasil.
O presidente citou um encontro com o presidente de Cabo Verde, onde o turismo representa 25% do PIB do país, como exemplo de como o setor pode ser incrementado. “Queremos chegar a pelo menos 10% do PIB. Hoje acho que é de apenas 6%” disse Bolsonaro.
O arquipélago de Cabo Verde sofre com escassez de recursos naturais e de terras férteis: 75% do alimento consumido no país é importado, e 70% da economia do arquipélago africano é oriundo do setor de serviços.
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