Junho marca uma nova fase para o Centro de Inovação de Jaraguá do Sul, o Novale Hub, operando com maior integração com a incubadora tecnológica da Católica de Santa Catarina – JaraguaTec – e projetos como o programa Nascer, como explica o novo gestor do espaço, Nelson Netto.
“O foco está em fazer fluir as propostas empreendedoras, desenvolvendo o programa de incubação do Novale Hub que está em seu segundo ano, e apoiando programas de incentivo ao empreendedorismo como o Nascer que entra agora em sua segunda turma”, explica.
Um dos objetivos da nova direção, que assumiu no dia 24 de maio, é fomentar a educação no empreendedorismo.
“Sei que parece clichê, mas é necessário explorarmos cada vez mais o assunto para ultrapassarmos o status de informação e torná-lo uma cultura da nossa cidade. Para isso, focaremos em programas de formação de professores e facilitadores, bem como programas internos de preparação para o mercado empreendedor”, explica.
“Os desafios estão aí e não são barreiras, mais sim oportunidades, basta observarmos atentamente”, completa.

Nelson Netto, novo gestor do Novale Hub | Foto Divulgação
O Centro de Inovação Jaraguá do Sul, ou Novale Hub como é também conhecido, tem como objetivo unir governo, empresas, universidades, instituições de apoio, canais de comunicação e cidadãos em um pacto para consolidar Jaraguá do Sul na economia do conhecimento e da inovação do Estado e do país.
O diretor do JaraguaTec e agora diretor de fomento e incubação do NovaleHub, Victor Danich ressalta que é essencial que o Centro de Inovação estimule a cultura empreendedora da região.
“O exercício do empreendedorismo através da educação torna-se essencial para assentar as bases de um modelo adequado em todos os níveis de ensino, que estimule os estudantes a inovar e criar”, diz.
A proximidade física do JaraguaTec em relação ao meio acadêmico permite adotar uma metodologia em que a oferta de disciplinas de empreendedorismo possa ter uma vertente prática no exercício dessa modalidade de conhecimento.
“Apenas introdutória, a oferta de disciplinas de empreendedorismo nas universidades é muitas vezes baseada em exemplos com os quais os estudantes não se identificam. Existe no Brasil um grande contingente de indivíduos que gostaria de entrar no mundo do empreendedorismo, mas se sentem inseguros pela falta de preparo técnico ou por achar que carecem de um perfil adequado”, comenta.
Apoio aos espaços inovadores
Um número pequeno de brasileiros, cerca de 1% da população, visita algum centro ou museu de ciências a cada ano, que se reflete na falta de valorização acadêmica das atividades de extensão, em particular na divulgação científica.
Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o problema só será resolvido com uma mudança na cultura das escolas e universidades, de modo que o ensino esteja focalizado em uma aprendizagem independente, que valorize a autonomia e criatividade dos estudantes, e não apenas num modelo dependente e centrado no professor.
O Centro de Inovação também sente o impacto neste momento de pandemia e crise econômica, não apenas com relação ao processo de desindustrialização que ocorreu nos últimos anos, mas também porque existem outros desafios a serem vencidos, entre eles a própria sustentabilidade das empresas incubadas e suas relações com o mercado – vinculado à saúde da indústria como um todo.
“A inovação é um fator decisivo para que o Brasil consiga se recuperar dos estragos feitos pelo vírus, de modo a retomar o caminho do desenvolvimento econômico e social que estava em andamento antes da eclosão da pandemia”, afirma o novo diretor do Novale Hubb, Nelson Netto.
“Atentos ao cenário atual, realizamos um programa interno de incentivo aos incubados, pois acreditamos que o movimento se inicia de dentro para fora”, completa.
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