“Cenário pós-coronavírus preocupa”, diz Célio Bayer

Foto Felipe Scotti/Divulgação

Por: Pedro Leal

06/04/2020 - 11:04 - Atualizada em: 06/04/2020 - 11:16

O vice-presidente regional da Fiesc no Vale do Itapocu, Célio Bayer, avalia com preocupação o cenário que se desenha para o País numa perspectiva de que o enfrentamento ao Covid-19 traga impactos ainda maiores na atividade econômica.

O empresário, que também comanda a Câmara Setorial da Fiesc para o setor de micro e pequenas indústrias, entende que as medidas já anunciadas pelo governo para atender ao setor produtivo devem levar em conta, principalmente, os empreendedores de pequenos negócios, incluindo nesta avaliação os MEIs – Micro Empreendedores Individuais.

“As medidas já anunciadas, ou a intenção do governo de atender aos pleitos das entidades organizadas, são importantes. A Fiesc também acompanha a evolução destes encaminhamentos, mas é preciso que isto se torne fato concreto, que traga uma resposta imediata a um setor que já vem registrando problemas devido às medidas restritivas”, afirma Bayer, lembrando que este segmento representa cerca de 90% da atividade econômica do estado e responde por mais de 50% dos postos de trabalho.

Na visão do vice-presidente regional, os efeitos do coronavírus afetam em maior ou menor escala todos os setores econômicos.

“As empresas certamente terão de rever seus orçamentos neste ano, com impacto maior na economia do que o verificado por ocasião da greve dos caminhoneiros, em 2018. Os maiores efeitos são sentidos no segmento das micro e pequenas empresas, mas também há empresas de médio porte que enfrentarão dificuldades devido à interrupção na escala de produção e no atendimento às demandas em seus mercados, que sofrem efeitos de todas as cadeias produtivas”.

Este setor, explica, é o que tradicionalmente convive com mais dificuldades por conta da sua capacidade financeira, possui capital de giro muitas vezes baixo e restrito em termos de movimentações de fluxos na compra de insumos, matéria prima e para cumprir as suas obrigações fiscais.

“Precisamos ter regimes diferenciados no tratamento tributário e em outras situações perante a fornecedores e nas obrigações com governo e trabalhadores”.

Para o presidente da Câmara Setorial o desafio é superar primeiro este momento mais crítico de isolamento para que as empresas possam voltar a operar plenamente e a economia volte a girar.

“Caso contrário, é certo que haverá um grande salto de desemprego e isto trará implicações ainda maiores para o país, para estados e municípios, porque atingirá as famílias naquilo que é essencial à sua manutenção, que são os empregos e os salários”.

 

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