Redução do desperdício e dos gastos com energia elétrica, aumento da sustentabilidade financeira e continuidade da prestação de serviços adequados em benefício da população. Esses são os objetivos que a Celesc busca alcançar junto a sete hospitais de Santa Catarina por meio de proposta elaborada por sua Divisão de Eficiência Energética (DPPE/DVEE) e aprovada em chamada pública de Projeto Prioritário de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em agosto deste ano.
As unidades beneficiadas são representadas pelos institutos Santé, Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada (IPMMI) e Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas (FEHOSC). São elas: (Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste; Hospital Municipal de Dionísio, de Dionísio Cerqueira; Hospital Sagrada Família, de Itapiranga; Hospital Santo Antônio, de Guaramirim; Hospital São Luiz, de Campo Alegre; Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí; e Hospital São Camilo, de Imbituba.
A iniciativa deve promover uma economia de energia de 2.099,37 MWh/ano e uma redução de demanda na ponta de 217,21 kW/mês nas unidades hospitalares participantes, por meio da instalação, substituição e modernização de equipamentos, além da realização de campanhas de boas práticas de utilização racional de energia elétrica. O Investimento total será de quase R$ 8,5 milhões, sendo R$ 7,9 milhões provenientes de recursos da Celesc e R$ 556,6 mil de contrapartida das gestoras das unidades.
A proposta foi aprovada no âmbito da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Aneel e o contrato para sua execução foi assinado no último dia 6 de dezembro. Os projetos selecionados pela entidade são considerados de grande relevância e/ou abrangência, com finalidade de testar, incentivar ou definir ações de destaque como política pública para incrementar a eficiência energética no país. A previsão é que os trabalhos sejam efetuados ao longo dos próximos 36 meses e concluídos em 2025.
Benefícios
A iniciativa contempla sete hospitais beneficentes com considerável demanda energética, além de equipamentos antigos e ineficientes, comuns nestas instalações que atuam já há bastante tempo.
O projeto aprovado da Celesc prevê, ao todo, a substituição e modernização de antigos e ineficientes sistemas de iluminação (2.554 pontos) e de condicionamento de ar ambiental (89 aparelhos); e a instalação e utilização de sistemas de coletores para aquecimento solar de água (264 coletores e 34 Boiler) e de geração de energia fotovoltaica (2.506 módulos, 24 inversores, geração de 1.115,17 kWp).
Segundo o gerente de projetos da Divisão de Eficiência Energética (DVEE) da Celesc, Willian dos Santos, os usos finais selecionados à Eficientização foram selecionados por meio de levantamento de campo, onde constatou-se quais deles apresentavam consumos mais expressivos na unidade consumidora. “Depois dessa análise, estudamos a viabilidade da substituição dos equipamentos de cada um dos usos finais, sendo selecionadas as trocas de maior relação custo-benefício”, explica o gerente.
Além das vantagens econômicas, o projeto vai também propiciar benefícios ao meio ambiente. A potencial economia de energia representa cerca de 4,8 mil toneladas de dióxido de carbono que deixam de ser emitidas por ano na atmosfera pelo sistema elétrico interligado brasileiro. Considerando a perenidade das ações de eficiência energética, o montante equivale ao plantio de 240 mil árvores. Já os materiais substituídos terão a destinação correta, seguindo a política nacional de resíduos sólidos.
A questão social também é contemplada, uma vez que funcionários e a comunidade em geral receberão treinamento e capacitação para fazer o uso consciente de energia elétrica.