O mais tradicional modelo de investimento do brasileiro, a caderneta de poupança, fechou o mês de setembro cm captação líquida de R$ 13,229 bilhões em setembro, a maior para o mês desde o início da série histórica em 1995, informou o Banco Central na terça-feira (6).
O modelo tem registrado resultados positivos desde março. Em setembro, os depósitos superaram os saques em R$ 9,974 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve entrada de R$ 3,254 bilhões.
No acumulado do ano, o ingresso líquido de recursos na poupança chegou a R$ 137,211 bilhões, também recorde para o período. De janeiro a setembro do ano passado, houve saída de R$ 6,063 bilhões.
Enquanto isso, outras formas de investimento tem registrado queda no mês. Dos 16 tipos de fundos de renda fixa, sete tiveram rentabilidade negativa no mês de setembro, por conta da percepção de risco fiscal e das quedas na taxa de juros básica, a Selic.
Recentemente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que a Selic em mínimas históricas traz implicações para a indústria financeira, na forma como os investidores agem e na distribuição dos recursos entre as modalidades de investimento, citando a grande migração recente para a poupança.
Segundo Campos Neto, contudo, não há um desequilíbrio da indústria de investimento.
A poupança também tem registrado captações vultosas em meio à bilionária liberação de recursos pelo governo por causa da pandemia de coronavírus, principalmente por meio do auxílio emergencial. Até dezembro, serão R$ 321,8 bilhões injetados na economia com o auxílio.
Com informações da Reuters.
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