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“Buraco para o Inferno”: China inicia escavação de poço de mais de 10 km de profundidade

Por: Pedro Leal

09/06/2023 - 11:06

A China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec) começou a escavar um poço com mais de 10 mil metros de profundidade na Bacia de Tarim, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, Noroeste da China.

O objetivo da perfuração é a exploração científica, expandindo o conhecimento sobre áreas profundas do planeta ainda não estudadas.

O planejamento prevê alcançar profundidade de 11.100 metros, com conclusão em 457 dias. Nas redes sociais, ele foi apelidado de “buraco para o inferno”.

Se o plano for cumprido, ele será o segundo poço em área continental no mundo a atingir uma profundidade vertical de mais de 10 mil metros, batendo também o recorde de perfuração mais rápida do mundo para um poço deste tamanho.

A perfuração teve início na terça-feira (6), às 11h46, no horário local, no interior do deserto de Taklimakan, o maior da China.

A Bacia de Tarim é uma das áreas mais difíceis de explorar devido ao solo áspero e condições subterrâneas complicadas.

“Referindo-se às 13 dificuldades de engenharia na perfuração, como alta temperatura, alta pressão, espessura da camada de cascalho, espessura da camada de sal e danos no revestimento, coeficiente de pressão de água salgada e alto teor de enxofre, a Bacia de Tarim ocupa a primeira posição no mundo em termos dessas sete dificuldades de classe mundial”, disse Sun Jinsheng, acadêmico da Academia Chinesa de Engenharia, à CCTV.

“A dificuldade de construção do projeto de perfuração pode ser comparada a um grande caminhão dirigindo em cima de dois cabos de aço finos”, adicionou Jinsheng.

Brocas e tubos de perfuração pesando mais de 2 mil toneladas são utilizadas, devendo passar por mais de dez “camadas continentais”.

“O sucesso do poço abrirá novas áreas de pesquisa para nós” e “nos fornecerá informações valiosas e difíceis de obter sobre a evolução da Terra”, disse Hao Fang, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências à CCTV.

As informações são da CNN e da agência Xinhua.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).