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Brasileiro troca de celular a cada 2 anos, aponta pesquisa

Foto Advance

Por: Pedro Leal

30/07/2021 - 11:07

O usuário brasileiro médio tem seu atual smartphone há dois anos e três meses, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box “O brasileiro e seu smartphone”, que procura traçar um raio-x do parque de smartphones em serviço no País.

A análise por sistema operacional revela uma diferença. Enquanto cada smartphone Android está, em média, há dois anos e dois meses nas mãos dos brasileiros, no caso de iPhones o tempo é maior: dois anos e sete meses – o que indica menor rotatividade dos aparelhos da Apple.

Para esta pesquisa foram entrevistados entre os dias 9 e 16 de junho 2.177 brasileiros que possuem smartphone. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

A Samsung é a principal marca de smartphones no país, com 43% da base de smartphones em atividade no Brasil. A Motorola aparece em segundo lugar, com 22%, seguida pela Apple (13%).

Chama a atenção a quarta posição da chinesa Xiaomi (10%), à frente de outras marcas que estão há muito mais tempo no Brasil, como a LG (7%).

Também há diferença de acordo com a faixa etária do usuário: quanto mais jovem a pessoa, menos tempo ela está com o aparelho. No grupo de 16 a 29 anos de idade, o brasileiro está com o smartphone, em média, há dois anos e dois meses e meio. Na faixa de 30 a 49 anos, sobe para dois anos e três meses. E no grupo com 50 anos ou mais, chega a dois anos e três meses e meio.

Não foi verificada diferença significativa por gênero.

77% dos smartphones ativos no Brasil foram comprados e 23%, presenteados. Entre homens, a proporção que comprou o aparelho é de 83%, enquanto entre mulheres é menor (72%). Também há diferença por classe social: nas classes A e B, 82% declaram ter comprado seu smartphone atual; ante 76% dos usuários das classes C, D e E. Nesse ponto, não há diferença relevante por faixa etária.

Entre os que compraram seu smartphone, 90% adquiriram o aparelho novo e 10%, usado. Aqui, novamente, nota-se uma diferença por classe social: 94% dos usuários das classes A e B compraram o smartphone novo, ante 88% daqueles das classes C, D e E.

No grupo que foi presenteado com um smartphone, 71% ganhou o aparelho novo e 29%, usado. Há variação relevante por gênero: enquanto 25% das mulheres receberam o aparelho usado, o percentual é de 35% entre homens. Por faixa etária, a grande diferença está no grupo com 50 anos ou mais: 38% ganharam um smartphone usado. A classe social também é determinante: nas classes A e B, 17% foram presenteados com um aparelho de segunda mão, enquanto nas classes C, D e E a proporção sobe para 31%.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).