Brasil é recordista de gastos com judiciário, aponta Tesouro Nacional

Foto: Arquivo/TJSC

Por: Pedro Leal

26/01/2024 - 08:01 - Atualizada em: 26/01/2024 - 08:24

O Brasil gastou 1,61% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021 com tribunais de Justiça, segundo um relatório do Tesouro Nacional. O percentual é o mais elevado entre 53 países, divulgou o Tesouro Nacional.

A íntegra do relatório pode ser acessado abaixo.

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A média mundial é de 0,37% do PIB, segundo o estudo – colocando os gastos nacionais quase cinco vezes acima da média.

O top 3 de mais gastos com o funcionalismo e estrutura do Poder Judiciário é composto pela Costa Rica (1,54%) e El Salvador (1,27%).

Entre as despesas estão aquelas relacionadas às remunerações dos funcionários públicos, como auxílio creche, auxílio moradia e os salários.

Das 53 nações, o Tesouro publicou dados de 37 países selecionados.

Brasil 1,61
Costa Rica 1,54
El Salvador 1,27
Kosovo 0,74
Bulgaria 0,71
Guatemala 0,56
Polônia 0,52
Letônia 0,46
Eslovenia 0,46
Croacia 0,45
Romênia 0,45
Reino Unido 0,44
África do Sul 0,42
Malta 0,38
Espanha 0,38
Alemanha 0,38
Média 0,37
Ucrânia 0,37
Grécia 0,36
Portugal 0,35
Itália 0,34
Israel 0,33
Austrália 0,33
Mongólia 0,33
República Tcheca 0,3
Eslováquia 0,3
Suíça 0,29
Tailândia 0,28
Aústria 0,28
Estônia 0,27
Holanda 0,27
San Marino 0,27
Bélgica 0,26
Suécia 0,26
Geórgia 0,26
Hong Kong 0,25
França 0,25

Enquanto o Brasil gasta 1,61% do PIB com tribunais de Justiça, os 37 países têm média de 0,4%. As economias avançadas, de 0,3%. E as economias emergentes, de 0,5%.

O Brasil gastou 3,03% do PIB em 2021 com “ordem pública e segurança“, o que inclui os tribunais de Justiça. O Brasil gastou mais que a média da América Latina (2,67%), economias emergentes (2,3%), G20 (2,01%) e economias avançadas (1,64%).

Apesar de ter a maior proporção, os gastos com serviços de polícia são de 1,1% do PIB, abaixo da média dos países emergentes (1,2%).

O Brasil também é líder nas despesas em estabelecimentos prisionais, com 0,2% do PIB.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).