O governo brasileiro anunciou na noite de quinta-feira, 7, durantea Cúpula do Mercosul , o programa “Rotas para a Integração”, que vai investir R$ 50 bilhões em obras de infraestrutura nos países da América do Sul.
As informações são da revista Exame.
O programa visa reduzir distâncias, aprimorar logística, facilitar conexões e ampliar a produtividade, segundo o Planalto.
As obras envolvem infovias, hidrovias, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão de energia elétrica.
O financiamento será feito pelo em conjunto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco de Desenvolvimento (Fonplata).
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, afirmou que o banco pretende mobilizar aproximadamente R$ 15 bilhões em assistência financeira e técnica para projetos de infraestrutura em apoio à integração da América do Sul. “Estamos empenhados em impulsionar a região para um robusto desenvolvimento de sua infraestrutura”, disse Goldfajn.
As rotas previstas no plano de integração da América do Sul são Ilha das Guianas, Manta-Manaus, Quadrante Rondon, Capricórnio e Porto Alegre-Coquimbo, segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
A iniciativa promoverá aindao financiamento de projetos de integração nas áreas social, ambiental e institucional.
Os números do Mercosul
O Mercosul representa o equivalente à 8ª maior economia mundial, com PIB de US$ 2,86 trilhões. Em 2022, o Brasil exportou US$ 21,7 bilhões para o bloco e importou US$ 18,5 bilhões, com superávit de US$ 3,2 bilhões.
Cerca de 90% das exportações foram compostas por produtos manufaturados. As trocas dentro do bloco cresceram mais de dez vezes desde sua criação, evoluindo de US$ 4,5 bilhões, em 1991, para US$ 46 bilhões em 2022.
Além disso, o bloco é o principal receptor de investimentos estrangeiros na América do Sul, tendo recebido, em 2022, 64% do total destinado à região. Fazem parte do Mercosul Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, agora, Bolívia.