O primeiro semestre de 2016 registrou o pior resultado da balança comercial dos últimos onze anos em Jaraguá do Sul. Entre janeiro e junho deste ano, o município apresentou saldo de US$ 110,8 milhões, o mais baixo desde 2005, ano em que as operações somaram US$ 108,9 milhões. O resultado representa uma queda de 35,1% em relação a 2015 e coloca o município na contramão do mercado nacional, já que nos primeiros seis meses do ano a balança comercial brasileira registrou o melhor resultado dos últimos 28 anos, com superávit de US$ 23,63 bilhões.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o resultado foi impulsionado principalmente pela queda nas exportações para os cinco principais parceiros comerciais da cidade: Estados Unidos, Argentina, Alemanha, África do Sul e México. Juntos, eles são responsáveis pela compra de mais da metade dos produtos comercializados pela indústria local.
No topo da listra de principais compradores está os Estados Unidos, mas a parceria comercial com o país tem perdido força. Nos primeiros seis meses do ano, os EUA adquiriram US$ 52,5 milhões em produtos da indústria jaraguaense, uma retração de 39,41% em comparação com o mesmo período de 2015.
No cenário geral, as exportações dos seis primeiros meses do ano somaram US$ 238 milhões em Jaraguá do Sul, uma queda de 31,5% frente ao primeiro semestre do ano passado. O desempenho foi puxado pela queda pouco mais de 40% nas vendas de motores e geradores elétricos, que representou 63,46% das exportações realizadas no período.
As importações, por sua vez, tiveram queda de 28,09% no período, na comparação com o ano passado. As compras feitas da China, que continua a ser a principal fonte de produtos para o mercado local, sofreram retração de 47,19%, enquanto as importações da Alemanha cresceram 68,70%.
