Balança Comercial: saiba o que cada município da região mais exportou e importou

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Pedro Leal

15/01/2019 - 05:01

2018 fechou com uma leve queda nas exportações e uma alta considerável nas importações de Jaraguá do Sul – vendemos no ano 0,3% a menos do que em 2017, somando US$ 589,42 milhões, enquanto compramos 10,56% a mais, somando US$ 342,87 milhões. O ano fechou positivo, com saldo de US$ 246,55 milhões.

Nestes doze meses, o município e seus vizinhos movimentaram somas milionárias em mercadorias que entraram e saíram do país – especialmente Jaraguá do Sul, o quinto maior exportador e o nono maior importador de Santa Catarina e 83º maior exportador do país.

Mas o que compõe estas movimentações milionárias? O que tem saído da região e o que tem entrado?

Jaraguá do Sul

Não deve ser surpreendente, mas o principal produto de exportação de Jaraguá do Sul foram os motores elétricos, somando US$ 413,3 milhões dos US$ 589,42 milhões exportados pelo município em 2018.

Agrupado com outras partes do setor elétrico, como transformadores, capacitores, partes de reposição e conectores, o setor elétrico responde por US$ 542,04 milhões do total exportado, mais de 90% do montante.

Nas importações, por sua vez, o setor também está em destaque: US$ 112,04 milhões dos US$ 342,87 milhões de produtos importados para Jaraguá do Sul representam partes e componentes para eletromotores e derivados.

As indústrias química e têxtil acompanham o setor em segundo e terceiro lugar, respectivamente: insumos, matérias primas e produtos finalizados destas duas indústrias somaram US$ 60,44 milhões e US$ 51,33 milhões, respectivamente.

Guaramirim

Com US$ 8,48 milhões em exportações e US$ 42,88 milhões em importações, Guaramirim fechou o ano com o maior déficit da região, de US$ 34,4 milhões.

Do município saíram primariamente roupas e outras confecções, somando US$ 3,04 milhões, e suportes elásticos para camas e colchões, somando US$ 1,97 milhão.

Já nas importações, o município adquiriu primariamente metais: foram US$ 37,99 milhões em metais comuns e suas obras, compostos principalmente por laminados de aço, somando US$ 25,12 milhões, e de ferro, somando US$ 6,41 milhões.

Massaranduba

Com participação mínima no comércio exterior – o município somou apenas US$ 3,8 milhões em exportações e US$ 1,05 milhões em importações durante todo o ano de 2018.

Massaranduba teve suas vendas dominadas por tratores e suas partes, somando US$ 1,67 milhões, máquinas e aparelhos elétricos, somando US$ 1,27 milhões, e bananas,em US$ 437 mil.

Já as importações foram dominadas pela indústria química: foram US$ 943 mil em compostos químicos, entre fertilizantes, defensivos agrícolas e pigmentos.

Schoreder

Tanto nas exportações quanto nas importações, a indústria têxtil dominou a pequena balança comercial de Schroeder, com saldo deficitário de US$ 4,62 milhões.

Dos US$ 2,28 milhões em produtos exportados em 2018, US$ 1,6 milhão – 70% – foram compostos por tecidos de malha.

Já dos US$ 6,9 milhões em importações, US$ 6,05 milhões (87,8%) foram compostos por fios e linhas para confecção de tecidos.

Corupá

Corupá fechou o ano com a menor participação no comércio exterior na região, com apenas US$ 1,22 milhão em exportações e US$ 17,67 mil em importações.

Do município saíram móveis, em US$ 785 mil, sementes, em US$ 164,43 mil, e plantas vivas, em U$S 119,13 mil.

As parcas importações foram compostas primariamente por partes de manutenção para veículos, somando US$ 12,77 mil.

Meses mais movimentados

Com um fluxo relativamente estável de saída e entrada de mercadorias, Jaraguá do Sul revela um termômetro confiável das movimentações de mercado internacional da região.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações se mantiveram na faixa dos US$ 50 milhões por mês por boa parte do ano.

Novembro e junho se destacaram positivamente entre os doze meses, com US$ 62,7 milhões e 61,641 milhões, respectivamente, enquanto os meses de janeiro, com US$ 27,375 milhões, maio, com US$ 37,250 milhões, e agosto, com US$ 39,088 milhões, se destacam negativamente.

Janeiro tem historicamente se comportado como um mês fraco nas exportações, enquanto maio se viu marcado pela paralisação dos caminhoneiros.

Nas importações, os meses mais parados foram dezembro, com US$ 24,825 milhões, abril, com US$ 24,880, e março, com US$ 24,226 milhões. Já os meses mais intensos foram agosto, com US$ 34,457 milhões, e novembro, com US$ 34,132 milhões.

 

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