Avião elétrico da WEG deve decolar em 2020

O conceito de avião elétrico da WEG, anunciado nesta quarta-feira (29) em parceria com a Embraer, deve ir ao ar em 2020, afirma Manfred Peter Johann, Diretor Superintendente da WEG Automação.

Estes primeiros voos, em caráter experimental, serão realizados com uma aeronave de pequeno porte monomotor, baseada no EMB-203 Ipanema, o principal avião agrícola da Embraer.

Atualmente, os protótipos para o motor elétrico estão em testes em laboratório, antes de serem instalados em uma unidade de teste. “É claro que é muito diferente fazer funcionar em um ambiente controlado e segurar um avião, e é para viabilizar isto que estamos trabalhando”, frisa.

O conceito tem sido estudado desde 2017, quando a Embraer procurou a WEG em busca de soluções para o modelo de mobilidade aérea.

“O modelo que se tem hoje, de combustíveis fósseis, não é sustentável no longo prazo. Já está mudando em outros tipos de veículo, e com o tempo deve migrar para a aeronáutica”, diz Manfred.

A redução na emissão de poluentes foi colocada pela Embraer como uma das prioridades do projeto.

 

 

Em 2018, a WEG fez os primeiros protótipos de motor elétrico para aviões. Na quarta-feira, as duas empresas oficializaram o acordo de cooperação científica e tecnológica.

“Estamos usando nossa expertise na área de mobilidade elétrica, já fizemos vários projetos para caminhões, ônibus, trens e barcos, já temos soluções em terra e mar, agora vamos para o ar”, explica.

Ele adiciona que o projeto demanda estudos e muitos testes. “Os requisitos são diferentes, estamos usando do nosso conhecimento para oferecer soluções para transporte aéreo, mas isso não se faz em um curto espaço de tempo”, nota.

A cooperação entre as equipes de pesquisas vai apoiar a criação de tecnologias inovadoras que podem gerar oportunidades para evoluções futuras de novas configurações aeronáuticas e possibilidade de desenvolvimento de novos segmentos de mercado. “Como sempre, a WEG está antecipando tendências”, ressalta Manfred.

Iniciativas como esta, combinadas com políticas de incentivo de longo prazo, também potencializam a vocação do Brasil de se tornar um líder mundial em tecnologias sustentáveis.

 

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