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Arquiteto cria projeto reimaginando o Presídio Regional de Jaraguá do Sul

Por: Leonardo Koch

24/10/2019 - 10:10 - Atualizada em: 24/10/2019 - 14:35

Você já parou para imaginar como os arquitetos projetam um presídio? Além da segurança, é preciso pensar em cada detalhe que impacte diretamente no cotidiano dos detentos como higiene, tamanho das celas e na estrutura dos pátios durante os famosos banhos de sol.

No Brasil, estima-se que exista cerca de 726 mil presos, segundo os dados do Departamento Penitenciário Nacional (Infopen) e, a maioria das penitenciárias costumam ficar localizadas distantes do perímetro urbano.

Em Jaraguá do Sul, o Presídio Regional – responsável por abrigar presos jaraguaenses e das cidades vizinhas como Corupá, Schroeder, Massaranduba e Guaramirim está situado há 11,5 quilômetros do Centro.

A unidade localizada na Rua Alvino Flor da Silva, no bairro Jaraguá 84 possui três blocos de regime fechado e um de regime semiaberto. Cada cela do prédio é dividida por até quatro presos.

Agora, e se o sistema carcerário fosse transferido para a região central da cidade? Como seria?

Uma nova unidade prisional

Nos moldes que Luiz Fernando Simes projetou para o município em seu trabalho de conclusão de curso (TCC), o arquiteto visionou nas construções penais com um diálogo com a cidade.

Desta forma, o trabalho parte da implantação de uma nova unidade prisional em Jaraguá do Sul.

Durante a execução do projeto, Luis explicou que a principal dificuldade fora a pressão social é necessário demonstrar na prática como as coisas podem funcionar de formas diferentes.

Segundo Simes, a ideia é quebrar paradigmas de que uma penitenciária deve ser afastada do meio urbano. No projeto, a comunidade também agiria no processo de reabilitação do apenado.

Na opinião do arquiteto, a mudança de cenário ajudaria nas superlotações. De acordo com ele, uma vez que a reabilitação é bem-sucedida, o índice de reincidência diminui.

“Ao aproximar a unidade penal, trazemos interação e não o oposto que acontece hoje em dia, onde o presídio afastado de tudo gera o esquecimento da pessoa encarcerada, desconectando ela da sociedade o que, no futuro, vai prejudicar a sua reinserção na comunidade”, avalia.

Mas onde ficaria localizado esta construção? Segundo o arquiteto, ele analisou vários espaços que não estavam sendo utilizados em Jaraguá do Sul e verificou que o morro da antiga Fábrica do Kolbach, ao lado do Angeloni, na região central da cidade possui um forte potencial.

Antiga Fábrica do Kolbach em meados de 1990 | Foto: Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul

Espaço para empreender

Outra novidade que o projeto contempla é a implantação de edifícios de escritórios, prédios com serviços públicos, a nova sede do Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul, uma galeria de arte, um hotel e diversas salas comerciais para varejo dentro do próprio complexo onde seria localizado o presídio.

O terreno prevê também uma praça memorial. Além disso, o espaço teria áreas abertas para recreação da comunidade com locais para quadras de esporte e novas ciclovias em seu entorno.

Se você também tem um projeto para Jaraguá do Sul e quer mostrar para todo mundo, manda para gente. Vamos adorar receber a sua ideia!

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Leonardo Koch

Repórter de Geral