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Apesar de pandemia, exportações do agronegócio brasileiro crescem em 2020

Foto Arquivo OCP News

Por: Pedro Leal

23/06/2020 - 13:06 - Atualizada em: 23/06/2020 - 13:22

Apesar de a economia nacional ter sido abalada pela pandemia do novo Coronavírus, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro nos meses de janeiro a maio de 2020 registrou superávit de US$ 36,6 bilhões.

Esse valor é o maior da história para os primeiros cinco meses do ano, superando o saldo de 2018, segundo dados do Ministério da Economia compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“O momento pede que o setor se profissionalize ainda mais, que haja habilitação de novas empresas para exportações, busca de incentivos fiscais, estruturação de operações e revisão dos contratos”, fala o advogado especialista em Direito Empresarial e Internacional, Arthur Achiles de Souza Correa, em Curitiba.

O que vendemos e para quem?

Os principais produtos exportados no agregado dos cinco primeiros meses do ano foram a soja em grãos (US$ 16,3 bilhões), a carne bovina in natura (US$ 2,8 bilhões), a celulose (US$ 2,6 bilhões), a carne de frango in natura (US$ 2,6 bilhões) e o farelo de soja (US$ 2,3 bilhões).

Os cinco produtos representaram 63,4% da pauta exportadora do agro brasileiro no período. Os principais destinos das vendas brasileiras de janeiro a maio foram a China (US$ 16,5 bilhões, 39,3%), a União Europeia (US$ 6,9 bilhões, 16,4%), os Estados Unidos (US$ 2,5 bilhões, 6%), a Turquia (US$ 873,9 milhões, 2,1%) e o Japão (US$ 837,5 milhões, 2%).

Mais competitividade

Levantamento do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostra que até maio de 2020 as exportações brasileiras totalizam US$ 84,51 bilhões e as importações, US$ 68,94 bilhões, saldo positivo de US$ 15,57 bilhões.

A diferença poderia ser ainda maior, não fosse alguns entraves históricos que dificultam a vida de quem deseja despachar mercadorias para outros países.

“O agente exportador precisa ter mais profissionalismo, conhecer e gerenciar o processo de internacionalização. Já o Brasil precisa ser mais competitivo, diminuir a enorme quantidade de regulamentações e a demora na verificação de documentos, melhorar suas políticas cambiais e diminuir os custos financeiros elevados no mercado”, enfatiza Correa – que foi membro da Câmara Britânica de Comércio entre 2008 e 2019 e atua em direito do comércio exterior e internacional há 18 anos.

Em Santa Catarina, a situação não é diferente, segundo dados da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina 2018-2019 e dos Indicadores de desempenho da agropecuária e do agronegócio de Santa Catarina: 2018 e 2019.

As duas publicações são produzidas anualmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) e o lançamento, que normalmente é feito em março em Florianópolis, foi adiado por conta do isolamento social imposto do governo do Estado para conter a pandemia da Covid-19.

No ano passado o agronegócio catarinense alcançou o índice histórico de 68,3% de participação no valor total das exportações de Santa Catarina. O Valor Bruto de Produção (VBP) da agropecuária catarinense cresceu 6,7% entre 2018 e 2019.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).