Os portos de Santa Catarina tiveram um primeiro trimestre positivo na movimentação de cargas. O movimento registrado nos primeiros três meses de 2024 foi de 15,3 milhões de toneladas, 6,67% maior que no mesmo período de 2023. O resultado catarinense ficou acima do crescimento médio nacional no volume movimentado, que foi de 5,2%.
Na movimentação por meio de contêineres, de janeiro a março de 2024, os portos catarinenses movimentaram aproximadamente 591,6 mil TEUs, representando 19,2% de toda a movimentação nacional. O montante representa um crescimento de 4,9% frente a igual período do ano anterior. Em volume transportado via contêineres, os portos catarinenses movimentaram 6,4 milhões de toneladas no primeiro trimestre, um incremento de 3,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
A Portonave movimentou 305,2 mil TEUs (recuo de 2,5%), seguido por Itapoá, com 269,5 mil TEUs (alta de 13,5%), e Imbituba com 16,7 mil TEUs (crescimento de 26,8%). O desempenho torna o estado responsável por 19,2% da movimentação nacional de contêineres, segundo no ranking nacional nesta modalidade. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), nesta quinta-feira, 9, e tabulados pela Federação das Indústrias de SC (FIESC) (veja aqui).
Entre o desempenho geral dos portos considerando o volume de movimentação de cargas, São Francisco do Sul foi responsável por 4,5 milhões de toneladas, seguido por Portonave, com 3,12 milhões de toneladas; Itapoá com 3,11 milhões de toneladas; Terminal Aquaviário de São Francisco do Sul (combustível da Petrobrás), com 2,2 milhões de toneladas; Imbituba, com 2,2 milhões de toneladas, e outros terminais somados com 123,8 mil toneladas.
O crescimento dos volumes movimentados ocorre em meio a sérias dificuldades para o transporte marítimo de cargas, especialmente na movimentação de contêineres. A indústria catarinense tem sofrido com atraso na chegada de insumos e embarque de produtos, em decorrência de eventos climáticos, da paralisação do porto de Itajaí, demora na liberação de contêineres e outros problemas, que impactam os custos e geram prejuízos. Isso, apesar dos investimentos em curso nos portos de Itapoá e Portonave para ampliar a capacidade. Soma-se a isso a falta de servidores em número adequado para atender ao crescimento da demanda.