Apesar de crise e da estiagem, exportações de soja catarinenses batem recordes

O agronegócio catarinense comemora recordes na exportação de soja. Os embarques no primeiro quadrimestre de 2020 somaram mais de 815 mil toneladas, o maior volume dos últimos 10 anos.

A China é o principal destino da produção catarinense, responsável por mais de 80% das compras. As informações foram divulgadas no Boletim Agropecuário deste mês, publicado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

“Embora a estiagem esteja causando grande problemas ao agronegócio catarinense, a soja foi uma das culturas que sofreu o menor impacto e tivemos uma produção dentro da normalidade. O volume exportado é o maior dos últimos 10 anos com 815 mil toneladas embarcadas, isso representa quase 35% do nosso volume de produção”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural em exercício, Ricardo Miotto.

Entre os meses de janeiro e abril deste ano, as exportações de soja geraram um faturamento de US$ 298,2 milhões, um crescimento de 51% em relação ao mesmo período de 2019. A principal rota de embarques do produto é via Porto de São Francisco do Sul.

Em Santa Catarina, os preços apresentaram uma alta de 5,69% em relação ao mês de março, que sobe para uma alta de 24,18% se comparado com abril de 2019.

Entre os fatores que influenciaram a alta estão o dólar em elevação e a demanda do mercado chinês.

O secretário em exercício explica ainda que embora o preço pago ao produtor esteja alto, com valores superiores a R$100, os produtores tiveram um aumento nos custos de produção, já que os insumos utilizados nas lavouras também sofrem alterações de acordo com o câmbio.

Os produtores catarinenses esperam colher 2,31 milhões de toneladas de soja na safra 2019/20, em 687,1 mil hectares plantados. Santa Catarina tem mais de 97% das lavouras colhidas, faltando apenas algumas áreas nas regiões Campos de Lages, São Miguel do Oeste e Ituporanga .

A falta de chuva nas regiões de Curitibanos, Campos Novos e Campos de Lages, principalmente em janeiro e fevereiro de 2020, causou impacto no rendimento das lavouras.

Em alguns casos, foi observada uma redução de até 20% na produtividade.

 

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