Apagão, escândalo, vazamento de dados: a pancada tripla no Facebook

Imagem: Divulgação

Por: Pedro Leal

05/10/2021 - 11:10

O cofundador do Facebook e principal acionista da empresa, Mark Zuckerberg, teve uma queda de cerca de US$ 6 bilhões em seu patrimônio apenas nesta segunda-feira (4), em meio à crise da companhia no mercado financeiro.

O patrimônio do empresário é de US$ 116,8 bilhões, segundo o ranking de bilionários em tempo real da revista Forbes.

Zuckerberg é agora a sexta pessoa mais rica do mundo. O líder é o empresário e fundador da Tesla, Elon Musk, que detém US$ 201,2 bilhões. À frente do líder do Facebook ainda estão nomes como Jeff Bezos (Amazon), Bernard Arnault (LVMH), Bill Gates (Microsoft) e Larry Ellison (Oracle).

As ações da gigante das redes sociais Facebook tiveram queda de quase 5%, sob uma crise dupla com o vazamento de documentos internos da empresa no fim de semana e a queda de serviços em escala global por cerca de seis horas na tarde desta segunda-feira.

Os serviços do Facebook e de suas subsidiárias Instagram e Whatsapp se tornaram inacessíveis por volta do meio-dia desta segunda-feira (4).

Segundo empresa, em uma nota divulgada no final da noite desta segunda-feira, o apagão global de mais de seis horas em suas redes, que incluem o Whatsapp e o Instagram, foi uma falha interna: um defeito durante alteração em suas configurações. A plataforma informou também que não houve um ataque hacker nem vazamento de dados de usuários.

Em meio ao apagão, dados de mais de 1,5 bilhão de usuários do Facebook vêm sendo vendidos em um popular fórum de crimes virtuais na dark web. As informações divulgadas na tarde desta segunda-feira (4) são do site Privacy Affairs.

Os dados não têm relação com o vazamento da rede social ocorrido no começo de 2021, quando 500 milhões de usuários foram expostos, e não há evidências que exista uma relação com o apagão desta segunda.

O termo WhatsApp se tornou o primeiro nos Trending Topics do Twitter no Brasil por volta das 12h50. Cerca de meia hora depois, o concorrente Telegram, que segue no ar, passou a ser o segundo mais comentado.

A ex-funcionária do Facebook Frances Haugen, de 37 anos, trabalhou como gerente de produtos na companhia e era responsável por projetos relacionados com eleições. Ela revelou sua identidade no último domingo (3) em entrevista à emissora americana “CBS News” durante o programa “60 Minutes”.

Foi a partir dos documentos obtidos por ela que o “Wall Street Journal” publicou reportagens em meados de setembro indicando que o Facebook protegia celebridades das regras de conteúdo, que a empresa sabia que o Instagram é “tóxico” para os adolescentes e que a resposta da empresa às preocupações dos funcionários sobre o tráfico de pessoas foi muitas vezes “fraca”.