Alta da energia pressiona custos e atrapalha retomada da indústria, avalia Fiesc

A elevação da taxa de energia elétrica para a indústria será de 15% | Foto Divulgação

Por: Windson Prado

15/08/2018 - 07:08

A elevação para a indústria de 15% no preço da energia elétrica, um dos principais insumos do setor, pressiona os custos de produção e vai prejudicar a retomada da economia, avalia o presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), Mario Cezar de Aguiar. O anúncio do aumento da taxa de energia elétrica foi anunciado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no início da semana e passa a valer a partir do dia 22 de agosto.

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“Essa alta, muito acima da inflação, vai entrar em vigor dois meses após o salto de 26% no preço do gás natural, que já trouxe problemas para o setor produtivo”, avalia Mario Cezar Aguiar. “Isso ocorre num momento em que a indústria, já afetada por embargos a produtos importantes de nossa pauta de exportação e pela greve dos caminhoneiros, faz um grande esforço para retomar o nível de atividade”, afirma o presidente da Fiesc.

Para ele, o resultado deste aumento irá resultar em queda na competitividade da indústria e, em maior ou menor grau, vai chegar aos preços pagos pelos consumidores.

Um dos principais responsáveis pela forte elevação da tarifa em Santa Catarina são os encargos setoriais, entre os quais se destaca a Conta de Desenvolvimento Energético, fundo que financia projetos como o de universalização dos serviços de energia elétrica e subvenção aos consumidores de baixa renda.

“Hoje, os estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste pagam 4,5 vezes mais CDE que os das regiões Norte e Nordeste. A FIESC defende que a cobrança seja proporcional entre as regiões do Brasil”, diz Aguiar. “Nos preocupam também novos subsídios aprovados junto com a MP da privatização de distribuidoras da Eletrobrás, pois chegarão aos consumidores nas próximas revisões tarifárias”, acrescenta.

*Com informações de assessoria de imprensa

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