Acijs defende que MEIs tenham acesso facilitado a crédito e programas de gestão

Por: Pedro Leal

29/09/2021 - 10:09 - Atualizada em: 29/09/2021 - 10:45

Indicadores demonstrando o crescimento do número de novos empreendimentos sempre são favoráveis como termômetro da atividade econômica, como é o caso dos números divulgados pelo Serasa Experian, apontando um novo Micro Empreendedor Individual (MEI) a cada dois segundos no país.

A avaliação é do presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs) e do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), Luis Hufenüssler Leigue, mas no caso dos MEIs, esse é um movimento que precisa de atenção quando se trata da sustentabilidade dos negócios.

Para o empresário, o avanço na ‘pejotização’ – termo que caracteriza a criação de figuras jurídicas em vários segmentos – é uma demonstração de que a economia se renova e, diante das dificuldades, se apoia por vezes na criatividade de pessoas que ao perderem seus empregos buscam alternativas de renda.

Ele cita que o surgimento de mais empreendedores individuais no país vem se acentuando com as mudanças na legislação trabalhista, ampliando-se agora como reflexo da pandemia. Setores como o de informática que se vale, principalmente, da internet, ganharam mais impulso e levou muitos profissionais a abrirem seus próprios negócios.

“Com as restrições que a pandemia trouxe, a prestação de serviços em novos formatos deu maior escala para os micros e pequenos empreendedores. É importante que se dê a estrutura para sustentar esse crescimento”, assinala Luis Leigue.

Dentre as questões mais urgentes, aponta, está o acesso a crédito e a programas que auxiliem a melhoria da gestão, tema de pauta permanente da Acijs.

“As micro e pequenas empresas são as que primeiro sentem os efeitos de uma crise, é o setor que mais precisa de apoio, mas nem sempre o dinheiro está acessível e no caso dos MEIs essa é uma situação ainda mais crítica porque muitas vezes esses empreendedores não têm garantias a oferecer às instituições de crédito, sejam ligadas ao governo ou ao sistema financeiro privado”, reitera.