Acelerador de partículas que usa componentes WEG registra as primeiras imagens com luz síncrotron, confira

Foto Divulgação/CNPEM

Por: Elissandro Sutil

20/12/2019 - 13:12 - Atualizada em: 20/12/2019 - 13:28

Em novembro de 2018, uma solenidade de inauguração marcou a conclusão da primeira fase de operação do Sirius, maior equipamento científico já produzido no Brasil.

A estrutura, que será utilizado para estudar problemas em áreas como energia e meio ambiente, contou com componentes WEG na sua construção.

O Sirius funciona como um microscópio gigante que usa uma luz especial, a luz síncrotron, para revelar as estruturas internas de materiais como proteínas, vírus, rochas, plantas e outros.

Em 2013, a WEG foi a primeira companhia confirmada para fornecer componentes ao projeto científico mais ambicioso do Brasil.

A empresa de Jaraguá do Sul forneceu os eletroímãs da nova máquina aceleradora de elétrons. Os eletroímãs guiam a trajetória dos elétrons dentro do equipamento.

Nesta semana, o Sirius realizou o seu primeiro teste com luz síncrotron para analisar duas estruturas distintas: uma rocha e um coração de camundongo.

Imagen de amostra de rocha carbonática – mesma composição das rochas de reservatórios do pré-sal brasileiro | Foto Divulgação/CNPEM

Neste primeiro teste simples, realizado a uma potência inferior a 13 mil vezes projetada para a máquina, foi possível observar a chegada da luz síncrotron pela primeira vez em uma das futuras estações experimentais do Sirius.

As primeiras imagens, feitas em uma estação experimental de testes, têm a finalidade de avaliar uma série de sistemas do Sirius, guiando os ajustes necessários para que a luz síncrotron atinja a qualidade exigida para a realização de experimentos científicos de altíssimo nível, muitos deles inéditos no mundo.

Detalhes de um coração de camundongo obtida com o Sirius | Foto Divulgação/CNPEM

O Sirius é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País e um dos primeiros aceleradores síncrotron de 4ª geração construídos no mundo.

Ele foi projetado para colocar o Brasil entre os líderes mundiais deste tipo de tecnologia, permitindo a visualização de estruturas na escala das moléculas e átomos, com altíssima resolução e velocidade.

 

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