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80% dos recrutadores acredita na melhora da taxa de emprego nos próximos 12 meses, aponta pesquisa

Foto Arquivo OCP News

Por: Pedro Leal

24/09/2019 - 11:09 - Atualizada em: 24/09/2019 - 11:38

O LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, divulgou na última terça-feira (17) um estudo inédito que mostra que 80% dos recrutadores brasileiros acredita na melhoria da taxa de emprego nos próximos 12 meses.

Batizado de “O sentimento do recrutador”, o levantamento foi feito de abril a maio deste ano, com 300 entrevistados de empresas de médio a grande porte.

Dos outros 20% dos respondentes, 16% disse não acreditar numa melhoria na taxa de emprego, enquanto 4% não souberam responder. Dentre um dos fatores citados pelos recrutadores para esse otimismo, estão as reformas econômicas previstas pelo governo atual.

Quando questionados se acreditavam que as reformas — incluindo principalmente a reforma da previdência— aumentariam a taxa de emprego no setor privado, 81% dos recrutadores concordou com a afirmação, enquanto apenas 17% discordaram e 2% não souberam responder.

Quando questionados sobre a proporção de vagas abertas e candidatos, quase dois terços (46%) dos recrutadores disse que viu uma relação de talentos maior para a quantidade de vagas. Outros 38% afirmaram ter visto uma quantidade maior de vagas do que candidatos certos para as oportunidades e apenas 15% disse ter visto uma comparação igual.

TI e logística lideram recrutamento

O estudo feito pelo LinkedIn também mapeou quais setores os entrevistados notaram o maior número de vagas abertas no primeiro trimestre de 2019. O setor de tecnologia da informação — o famoso “TI” — ficou em 76%, seguido pelo de transporte e logística (67%), construção (59%), manufatura (52%) e automotivo (50%).

Já os que tiveram o menor índice foram as organizações sem fins lucrativos, com 21%, seguidas pelo setor jurídico (27%), design (38%), segmento imobiliário (43%) e varejo, que ficou empatado também, por sua vez, com recreação & turismo e mídia & comunicações (44%).

Ao serem perguntados sobre quais setores que teriam mais dificuldades para recrutar, os entrevistados citaram também o segmento de TI em primeiro lugar (48%), seguido pelo financeiro & bancário (41%), saúde 29%, manufatura e administração pública, empatados em quarto lugar (28%) e transporte & logística (27%).

O candidato multidisciplinar e a recessão

O levantamento mostrou também que mais da metade dos respondentes (51%) acredita que é uma prioridade procurar e encontrar candidatos com experiências profissionais (o famoso background) diferentes para os seus negócios ou clientes.

Destes 51%, 32% afirmaram ser uma grande prioridade, e 19%, uma prioridade principal. Outros 34% afirmaram que seria uma prioridade razoável, enquanto 9% disseram ser prioridade mínima e outros 6% disseram não ser uma prioridade em nenhum âmbito.

“Com as companhias buscando novos perfis para as vagas, as chamadas competências interpessoais, ou soft skills, ganharam uma atenção maior, pois se tornaram aliadas especiais para talentos que não têm determinadas habilidades técnicas, mas que, por exemplo, sabem trabalhar bem em equipe, se comunicam bem ou sabem negociar”, comenta Milton Beck, diretor geral do LinkedIn para a América Latina.

Dentre ainda outras estratégias de recrutamento que passaram a ser adotadas por conta da recessão econômica, 21% dos entrevistados citou a contratação de pessoas somente em posições-chave e a tomada de decisão mais ágil, para reduzir o tempo dos processos seletivos (18%).

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).