6 vezes em que a tecnologia da WEG foi usada em inovações que parecem vindas do futuro

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Por: Pedro Leal

09/03/2021 - 14:03 - Atualizada em: 09/03/2021 - 14:46

Terceira maior empresa do Estado e responsável por nove décimos de todas as exportações de Jaraguá do Sul, a WEG é uma gigante da indústria – e também um nexo de inovação ímpar, fruto de tecnologias inovadoras em vários segmentos.

Tratam-se de inovações, atualizações e aprimoramentos nas áreas de mobilidade, geração de energia e tecnologia das comunicações, projetos de sustentabilidade ambiental e mobilidade urbana, e até mesmo um ambicioso projeto para um avião elétrico, em parceria com a Embraer.

Pensando neste aspecto inovador da WEG, OCP separou seis projetos inovadores da WEG que se destacam por sua relevância, originalidade e abrangência.

1. Avião Elétrico

Um dos mais chamativos destes projetos veio a tona em maio de 2019: a WEG e a Embraer firmaram um acordo de cooperação científica e tecnológica para desenvolvimento conjunto de novas tecnologias e soluções para viabilizar a propulsão elétrica em aeronaves – leia: para tornar possível aviões com motores elétricos.

A parceria, no âmbito de pesquisa e desenvolvimento pré-competitivo, busca acelerar o conhecimento das tecnologias necessárias ao aumento da eficiência energética das aeronaves a partir da utilização e integração de motores elétricos em inovadores sistemas propulsivos.

Avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica | Foto Divulgação

O processo de eletrificação faz parte de um conjunto de esforços realizados pela indústria aeronáutica e que visam atender seus compromissos de sustentabilidade ambiental, a exemplo do que já vem sendo feito com biocombustíveis para redução de emissões de carbono.

A cooperação entre as equipes de pesquisas vai apoiar a criação de tecnologias inovadoras que podem gerar oportunidades para evoluções futuras de novas configurações aeronáuticas e possibilidade de desenvolvimento de novos segmentos de mercado.

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Após o período de teste das tecnologias em laboratório, uma plataforma aeronáutica será utilizada para integração e testes de sistemas complexos em condições de operação real.

Para os ensaios será utilizada uma aeronave de pequeno porte monomotor, baseada no EMB-203 Ipanema, que realizará a avaliação primária da tecnologia de eletrificação

2. Ônibus elétrico na UFSC

Outro projeto de veículo elétrico da WEG, em 2017, foi em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina.

Tratou-se do primeiro ônibus elétrico movido a energia solar do Brasil, iniciativa, idealizada pelo professor do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ricardo Rüther, recebeu inversores e motores de tração da WEG.

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O ônibus elétrico contou com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e cerca de R$ 1 milhão foi investido em tecnologia.

O veículo atendeu o percurso de 50km entre o campus e o Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar Fotovoltaica, no Sapiens Parque, reduzindo em um terço o tempo gasto para o deslocamento.

A WEG contribuiu com o projeto fornecendo, entre outras peças, o sistema de propulsão elétrica do ônibus.

Desde 2017. eBus percorreu mais 100 km na capital catarinense | Foto: UFSC

Ele leva a energia das baterias até o inversor de tração que controla o motor e entrega a força para o veículo se movimentar.

 

3. Tecnologia 5G em conjunto com a Nokia

Em parceria com a finlandesa Nokia, a WEG lançou o projeto ‘Open Lab WEG/V2COM’ para acelerar e viabilizar o desenvolvimento de soluções em Indústria 4.0 no país, com a plataforma Nokia Digital Automation Cloud (DAC).

O Open Lab WEG/V2COM conta com a parceria da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Anatel, e vai utilizar a solução Nokia DAC para validar a qualidade e o modelo econômico das soluções a serem desenvolvidas no âmbito do projeto.

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O projeto, com duração prevista de um ano, está sendo desenvolvido desde o mês passado em um ambiente real de produção, em uma das fábricas da WEG, em Jaraguá do Sul.

Os resultados contribuirão para os estudos da Anatel sobre regulação das redes privadas 5G para usos empresariais.

A fábrica terá a função de laboratório, em que uma rede privada 5G será testada simultaneamente a uma rede convencional de uma operadora.

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Serão desenvolvidos vários casos práticos e avançados de Indústria 4.0, para verificar o ganho de produtividade que a solução poderá trazer, permitindo consolidar modelos consistentes a serem aplicados em projetos de automação industrial.

4. Abastecimento elétrico em Fernando de Noronha

Outro projeto de destaque foi em parceria com a Administração de Fernando de Noronha, a Renault do Brasil e a Polo, forneceu equipamentos para seis garagens com geração solar (Carport) com estação de recarga semirrápidas de 22kW da linha WEMOB (WEG Electric Mobility), para recarregar as baterias de íons de lítio de 28 veículos elétricos que já circulam pelo arquipélago.

O­ arquipélago Fernando de Noronha, localizado a 540 quilômetros de Recife, Pernambuco, é um destino turístico que recebe milhares de visitantes por ano.

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Cerca de 70% do território pertence ao Parque Nacional Marinho, de proteção integral e considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, e os outros 30% são Área de Proteção Ambiental (APA).

As iniciativas foram criadas para proteger as condições de vida da fauna e da flora e conciliar a ocupação humana com a proteção ao Meio Ambiente.

As garagens solares têm capacidade de gerar 26MWh por ano, o suficiente para cobrir o consumo elétrico de todos os veículos zero emissão que circulam na ilha.

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Essa energia gerada é equivalente a 180 mil quilômetros rodados sem a geração de CO2, o que vai evitar a queima de aproximadamente 20.000 litros de combustível fóssil.

5. Energia a partir do Lixo

Não é nem o primeiro nem o último projeto tecnológico da WEG na área ambiental: em setembro de 2019 uma solução para a geração de energia elétrica a partir da gaseificação de resíduos sólidos urbanos (RSU) – ou seja, a geração de energia a partir do lixo.

Na tecnologia oferecida pela companhia, o RSU é processado em várias etapas, transformado em gás combustível em um processo de gaseificação, totalmente livre de gases tóxicos, que ao ser queimado gera calor em uma caldeira de vapor.

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Este vapor pode ser utilizado no acionamento de uma turbina para produção de energia elétrica. O processo possibilita o total aproveitamento do poder calorífico dos resíduos reduzindo a geração de passivo ambiental.

Diferente do processo de incineração (mais indicado para grandes centros urbanos) e do processo de produção de biogás (utilizado em aterros ou biodigestores), o método de aproveitamento energético através da gaseificação é o mais indicado para o lixo brasileiro, rico em orgânicos, com elevado grau de umidade e com alto potencial de geração de gases.

6. Conversão de carros em elétricos

Também em 2019 foi firmada uma parceira entre a WEG e a FuelTech Ltda., empresa multinacional com matriz em Porto Alegre/RS e filial na Geórgia, EUA, fundada há 16 anos, a FuelTech é referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para gerenciamento eletrônico de motores à combustão de alta performance.

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O acordo prevê investimentos em desenvolvimento de tecnologias e produtos em conjunto para o fornecimento de motores, inversores, ECU (unidades de controle eletrônico de motor), baterias e gerenciamento de baterias possibilitando a eletrificação em diversas formas de automobilismo e também na conversão de veículos de passeio em elétricos.

A WEG fornecerá produtos já conceituados como o Sistema Elétrico Powertrain WEG, além de motores e inversores auxiliares, e pretende ainda com a parceria, desenvolver novos produtos a fim de tornar a conversão em larga escala de carros à combustão em elétrico, uma realidade em um futuro próximo.