2022 fechou com geração de 2 milhões de postos de trabalho, diz Caged

Foto: Mauricio Vieira/ Secom

Por: Pedro Leal

31/01/2023 - 15:01 - Atualizada em: 31/01/2023 - 15:03

O Brasil criou 2.037.982 empregos com carteira assinada entre janeiro a dezembro de 2022. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) pelo Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência.

No total, foram abertas 22.648.395 vagas de trabalho e 20.610.413 foram fechadas – O saldo do ano passado é menor do que o registrado em 2021, quando foram criados 2.776.733 empregos.

A geração de empregos foi liderada pelo setor de Serviços, com 1.176.502 vagas abertas. Em seguida aparecem Comércio (350.110), Indústria (251.868), Construção (194.444) e Agropecuária (65.062).

São Paulo foi o estado que mais criou vagas em 2022 (561 mil). Santa Catarina ficou na sétima posição (90,4 mil).

Dezembro

Isolado, o mês de dezembro do ano passado fechou com saldo negativo de 431.011 empregos formais (com carteira assinada), segundo balanço do Novo Caged. O saldo do mês passado foi resultado de 1.382.923 milhões de contratações e 1.813.934 desligamentos.

Na média nacional, os salários iniciais pagos a quem foi admitido em um novo emprego em dezembro também diminuiu, ficando em R$ 1.915,16. Comparado ao mês anterior, houve queda real de R$ 17,90 no salário médio de admissão, uma variação negativa em torno de 0,93%.

Os números mostram que, no mês de dezembro, os cinco grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo negativo. O setor de serviços teve a maior perda, com redução de 188.064 postos.

Na sequência, vem o setor da indústria geral, com menos 114.246 postos, com a maior queda na indústria de transformação (-112.992 postos). A construção ficou com saldo negativo de 74.505 postos, a agropecuária, com menos 36.921 postos e o comércio, com 17.275 postos a menos.

Em dezembro, o novo Caged registrou 24.333 admissões e 16.843 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 7.490 empregos e envolvendo 5.435 estabelecimentos contratantes.

Um total de 175 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.

“Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+4.893 postos), comércio (+2.510 postos), construção (+205 postos), agropecuária (-3 postos) e indústria (-115 postos)”, informou o ministério.

Quanto ao trabalho em regime de tempo parcial, houve 11.674 admissões e 23.886 desligamentos, gerando saldo negativo de 12.212 empregos e envolvendo 5.532 estabelecimentos contratantes.

Um total de 33 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.

Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego em regime de tempo parcial foi negativo nos setores de serviços (-7.933 postos), na indústria (-3.819 postos), na construção (-301 postos) e na agropecuária (-192). O único setor que registrou saldo positivo foi o comércio, que gerou 33 postos.