Edson Busch Machado mal lembra quando expôs pela última vez – há 20, 25 anos, calcula. Fazia também muito tempo que ele não pintava, ocupado que andava com as articulações na política cultural catarinense e do Instituto Juarez Machado.
Fora do governo, encontrou tempo novamente para a arte. Produziu o cartaz oficial do 36º Festival de Dança de Joinville, cujos esboços e estudos ele exibe até o dia 28 no corredor dos camarotes do Teatro Juarez Machado.
São 20 quadros à base de nanquim, tinta acrílica sobre papel e colagens que mapeiam os passos até a peça final, chamada “Respeitável Público”, uma representação gráfica das expressões da plateia diante do espetáculo. Foram dois meses de um trabalho que acabou marcando a retomada da veia artística de Machado.
“As tintas estavam secas, as mãos duras, as ideias travadas. Vivi muitos anos diante da gestão, da burocracia, da política. Mas a alma do artista não morre”, conta ele, orgulhoso do envolvimento com um evento tão importante como o Festival de Dança.