Quem é o Baterista do Fusca que roda e toca pelas ruas de Joinville?

Por: Rubens Herbst

18/05/2018 - 07:05 - Atualizada em: 28/08/2019 - 23:13

André Steuernagel tem, digamos, um conhecimento enciclopédico do instrumento que toca há mais de 30 anos, tanto que já escreveu três livros didáticos sobre bateria. Mas ele também é daqueles que gostam de sair da sala de aula para explorar, divulgar e juntar adeptos.

Primeiro, criou o Encontro de Bateristas de Joinville, que está chegando à sétima edição e reúne em média 100 músicos participantes; e agora decidiu literalmente cair na estrada atrás de elementos que possam contribuir para um de seus objetivos: contar história da bateria joinvilense.

Tudo começou em dezembro, quando se interessou por um bem conservado Fusca bege 1981. Durante as férias, um pensamento lhe assombrou: o que faria para ter uma ligação também artística com o carro?

Na volta da viagem, resolveu a primeira questão ao guardar seu outro veículo na garagem e adotar o Fusca como titular do dia a dia.

A outra resolução surgiu em abril, quando teve a ideia do Baterista do Fusca. É um programete no YouTube, de produção totalmente artesanal, em que André coloca sua bateria no carro, dá a partida e põe a câmera para rodar.

Papos sobre música e o próprio Fusca se sucedem até que ele para algum lugar interessante da cidade, monta seu kit e começa a tocar uma célula rítmica – maxixe, baião, samba, bossa nova e reggae já passaram pelos seis episódios feitos até aqui.

“Nessa estrada surgiu a ideia da Carona do Fusca, onde aí sim eu vou contar a história da bateria joinvilense. Toda a semana vou pegar um baterista da cidade e vou pô-lo no Fusca. A gente vai rodar por aí e o cara vai contar a historia dele, trocar uma ideia”, conta André.

Alex Puschel, da banda Atrito (na foto acima, à direita), foi o primeiro convidado dessa série, e outros bateristas locais estão na mira.

A intenção de André é, em algum momento, compilar essas caronas todas e produzir o documentário sobre a bateria joinvilense que ele pleneja há tempos:

“É um projeto sem pretensão, apesar de ter sido bem aceito e tido uma repercussão muito boa. Não sei onde ele vai acabar”, afirma André, aberto a receber convidados de outros instrumentos e até de outras áreas artísticas.

“O que der pra enfiar dentro desse Fusca e virar história eu vou fazer”.