O Festival de Cinema de Jaraguá do Sul encerra neste sábado (12) com uma certeza: a de que a partir desta edição, a cidade é uma janela para o cinema nacional. Pela primeira vez, desde que iniciou em 2017, a exibição dos filmes acontecem de forma híbrida: presencial no Centro Cultural SCAR , e online, pelos canais do festival .
A celebração do cinema nacional, que ocorre de 7 a 12 de outubro na pacata e acolhedora Jaraguá, acontece por meio do Instituto Emílio Carlos Jordan. Este ano, o evento contou com a presença de convidados que compartilharam suas experiências e se encantaram com a cidade, além da equipe organizadora, que atua nos bastidores da programação, nos períodos da manhã, tarde e noite.
“Estão descobrindo uma Jaraguá que não existe lá fora, que as grandes cidades não conhecem, e ficam gratamente surpresos pela oportunidade de prestigiar um evento tão esperado”, destaca Isaac Huna, realizador do festival, sobre o que escuta dos convidados e visitantes durante os encontros.
Para Glauce Gonçalez, executiva da Rede Band, que participou de um bate-papo sobre os desafios do cinema independente, um meio cada vez mais sustentável para a produção audiovisual é integrar as marcas locais a produção, sejam elas: curtas, médias e longas-metragens. Glauce lembra que o anseio por vender uma marca nas mais diversas plataformas, é para a produção de filmes uma oportunidade de integração. Segundo ela, ao promover um produto, ganha o produtor ao ceder o espaço para a divulgação e ganha também a marca, por encontrar um canal para alcançar seu público.
Já para Fabio Brandão, produtor de entretenimento na Rede Globo (RJ), para produzir conteúdo de forma independente o trabalho de equipe é essencial. Segundo o produtor, é necessário se juntar as pessoas que tem o mesmo objetivo: o de se autoproduzir, ser resiliente frente aos obstáculos que são comuns a quem vive da arte, em um país onde o apoio a cultura é baixo.
“E preciso gritar, é a arte. Na cultura as pessoas precisam provar o seu valor”, afirma Fábio, sobre a grandeza do trabalho das pessoas que buscam na produção independente, uma forma de subsistência.
Segundo Marli Forte, diretora do Centro de Artes Integradas (CAI), a 7ª edição do Festival de Cinema de Jaraguá do Sul é de uma importância fundamental para o audiovisual na cidade e região.
Ela destaca que por meio do Instituto Jordan, o evento ganhou mais visibilidade e maturidade, e que em parcerias como estas: ganha a instituição e o festival. “Juntos somos mais fortes”, lembra Marli. “Já estamos pensando em sua 8ª edição, inserindo em seu núcleo de atuação o turismo e a gastronomia”, conclui.
Durante os seis dias de evento, o teatro SCAR possibilitou aos visitantes uma imersão ao mundo do cinema. Ao todo, o evento que encerra neste sábado (12) terá exibido 67 filmes de 23 categorias de diferentes gêneros. O Festival de Cinema de Jaraguá do Sul 2024 se despede do seu público, mas ainda mais fortalecido, esperançoso, alegre e vibrante, e aos que tiveram o privilégio de prestigiá-lo, cheio de boas histórias para contar.
Informações sobre o Festival de Cinema:
Whatsapp: CAI 47 98458 2730
Isaac Huna: 11 99838 2468
Instagram: @festivalcinemadejaragua