Quando o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, compartilhou uma foto de sua família no Instagram na última terça-feira (4), duas coisas chamaram a atenção dos internautas: ele usava um chapéu de cowboy listrado e emojis de carinhas felizes protegiam o rosto das crianças.
Muitos criticaram a postagem, pois viram a decisão de ocultar os rostos das crianças como um sinal de preocupação com a privacidade – ao passo que ele criou plataformas massivas que possibilitam que milhões de outros pais exponham seus filhos.
A Meta, empresa que controla o Instagram, vem sendo analisada há tempos sobre como lida com a privacidade do usuário e sobre a forma com que seus algoritmos podem ser utilizados para influenciar as pessoas.
Porém, o fato de Zuckerberg esconder os rostos dos filhos também destaca uma tendência que vem ocorrendo com alguns usuários de mídia social e, em especial, entre os mais ricos, de serem mais cautelosos ao compartilhar fotos identificáveis de seus filhos online.
De acordo com a psicóloga Alexandra Hamlet, de Nova York, que acompanha de perto o impacto das mídias sociais nos usuários jovens, “mostrar aos usuários das redes que ele teve o cuidado de não compartilhar a localização de sua família ou a identidade dos filhos, pode ser um comunicado de que é responsabilidade dos usuários finais se protegerem online”.