Você sabia que Santa Catarina tem um cemitério para botos?

Foto: Divulgação

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

01/07/2024 - 08:07 - Atualizada em: 01/07/2024 - 08:42

Em Laguna, município do Sul de Santa Catarina, encontra-se um “cemitério” de botos pescadores, não para animais enterrados, mas como um protesto simbólico criado pelo Movimento Boto Vivo, iniciativa local.

Mateus Guimarães, residente de Laguna, aponta as principais causas das mortes dos botos: redes de emalhe para pescar corvina e bagre, além da poluição da lagoa. Em resposta a essa preocupação, surgiu a ideia, em 2021, de estabelecer um memorial representativo.

“Todos os anos, nossos botos sofrem devido à intervenção humana. Em resposta a isso, essas pessoas criaram um cemitério próximo aos Molhes da Barra, onde ocorre a interação entre pesca e botos”, explica o morador.

Além do memorial físico, o grupo lançou um site informativo para divulgar informações sobre a espécie e facilitar denúncias.

Pesca sustentável e cooperação

Os botos pescadores são assim chamados devido ao seu comportamento peculiar na região. Eles acompanham cardumes de peixes e indicam aos pescadores artesanais onde lançar suas tarrafas, estabelecendo uma forma de pesca cooperativa benéfica para ambas as partes.

Segundo a Prefeitura de Laguna, cerca de 50 animais dessa espécie habitam a região, conferindo à cidade o título de Capital Nacional dos Botos Pescadores, conforme a Lei 13.818/2016.

Além disso, anualmente, em 25 de maio, celebra-se o Dia Estadual da Preservação do Boto Pescador, com o objetivo de conscientizar sobre a importância dessa espécie para a cultura local e economia regional.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).