Esse é um desafio complexo, que depende de fatores políticos, econômicos e culturais. Atualmente, o Brasil investe cerca de 6% do PIB em educação, percentual comparável ao de países desenvolvidos, mas os resultados são insatisfatórios devido à má gestão, desigualdades regionais e falta de foco em qualidade. Para avançar, seria necessário aumentar o investimento e reformular o sistema educacional, priorizando a formação de professores, a infraestrutura escolar e a equidade no acesso.
Considerando o modelo político brasileiro, marcado por instabilidade e mudanças frequentes de prioridades, e o cenário econômico, com limitações fiscais e desigualdades sociais, estima-se que seriam necessárias pelo menos três décadas para alcançar um patamar educacional comparável ao de nações desenvolvidas. Isso exigiria um pacto nacional de longo prazo, com continuidade de políticas públicas e participação ativa da sociedade. Além disso, é crucial superar desafios culturais, como a desvalorização do professor, da educação e a falta de engajamento familiar no processo educacional.
Países como Coreia do Sul, Finlândia e até Vietnã, levaram cerca de 30 a 40 anos para revolucionar seus sistemas educacionais, mas contaram com estabilidade política, investimentos estratégicos e uma cultura que valoriza a educação. No caso brasileiro, o tempo pode ser maior, dada a complexidade dos desafios. Portanto, com um esforço coordenado e sustentável, é possível que o Brasil alcance esse objetivo em 40 a 50 anos, desde que haja vontade política e priorização constante da educação como alicerce do desenvolvimento. Enfim, tomando-se o cenário atual como base de projeção, isso nunca acontecerá…