A proliferação de fake news tem se tornado um dos maiores desafios da sociedade contemporânea, impactando diretamente a formação de opinião e as decisões das pessoas. No Brasil, onde o nível de instrução é baixo, esse fenômeno ganhou proporções alarmantes, especialmente em períodos eleitorais e durante crises, como a pandemia de COVID-19. Estima-se que cerca de 62% dos brasileiros já tenham compartilhado ou acreditado em notícias falsas, segundo pesquisas recentes. Esse dado reflete a vulnerabilidade de grande parte da população à desinformação, muitas vezes impulsionada por algoritmos de redes sociais que priorizam engajamento em detrimento da veracidade.
O impacto das fake news é profundo: elas polarizam debates, alimentam preconceitos e distorcem a realidade, levando indivíduos a tomarem decisões baseadas em informações incorretas. Isso é especialmente preocupante em um país como o Brasil, onde a educação midiática ainda é incipiente e o acesso a fontes confiáveis de informação é desigual. A falta de senso crítico e a dificuldade em discernir fatos de ficção contribuem para a disseminação de narrativas enganosas, que muitas vezes servem a interesses políticos ou econômicos.
Combater esse problema exige um esforço coletivo. Governos, plataformas digitais e instituições de ensino precisam atuar em conjunto para promover a alfabetização midiática, estimular o pensamento crítico e criar mecanismos eficazes de checagem de fatos. Enquanto isso não acontecer de forma consistente, o percentual de brasileiros formando opiniões com base em notícias falsas tende a permanecer alto, comprometendo a democracia e o bem-estar social.