Um retrato escandaloso de décadas de negligência, má vontade, má gestão e desrespeito aos professores, tem colocado o Brasil na rabeira da educação mundial.
Enquanto Finlândia, Coreia do Sul e Hong Kong investem em formação docente, infraestrutura e valorização profissional, aqui imperam salas superlotadas, professores desvalorizados e um sistema educacional que parece projetado para perpetuar a desigualdade.
O primeiro passo para reverter essa catástrofe é acabar com a hipocrisia. Não adianta discursar sobre “prioridade à educação” enquanto professores são obrigados a trabalhar em condições degradantes, com salários miseráveis, sem formação continuada e sob pressão de governos que veem a educação como gasto, não como investimento.
Enquanto um professor ganha menos que um policial, que já ganha pouco, ou um político com, no máximo ensino médio, não haverá mudança.
O segundo ponto é revolucionar a gestão. Escolas precisam de autonomia, diretores capacitados e um currículo que prepare para o século XXI, que ensine a pensar, e não para decoreba inútil. O modelo atual, engessado por burocracia e clientelismo, precisa ser demolido.
Terceiro, investir pesado em infraestrutura: escolas sem bibliotecas, laboratórios ou acesso à internet são fábricas de exclusão.
Por fim, exigir responsabilidade. Governos, pais e sociedade tratam a educação como problema secundário. Enquanto não houver pressão social por mudanças, continuaremos colhendo os frutos podres do descaso: gerações semianalfabetas, incapazes de competir no mundo globalizado, perpetuando o país a condição serviçal do mundo.
Chega de promessas vazias. Ou o Brasil encara a educação como prioridade absoluta, ou estará fadado ao atraso eterno. A hora de agir é agora. Disruptura já…